10 de jul. de 2014

COMUNICADO: Pausa nas atividades.


Estamos passando por reformulações, mudanças que serão percebidas em breve.
Agradecemos a todos os seguidores, e pedimos que continuem "bisbilhotando" nosso blog e divulgando nossas postagens para edificação dos que precisam.

Até mais ver...

@NikoLopes

17 de abr. de 2014

Três Testemunhos Pós-Evangelho da Prosperidade



Nota do Editor: Grant Retief, que serve como reitor da Christ Church Umhlanga na grande Durban, África do Sul, se sentou com três jovens cristãos em sua igreja que recentemente saíram de igrejas que pregam o evangelho da prosperidade e fez as mesmas perguntas a todos: “Conte o que você notou quando começou a frequentar a nossa igreja. Qual era a diferença da sua experiência anterior? O que você ouviu que era novo? Quais foram algumas das lutas de início?” Retief pediu que esses três comentassem sobre evangelho, Bíblia, culto público e estilo de vida.

Abaixo você encontrará as suas respostas. Estes são relatos de primeira mão de temas que surgem no artigo de Retief que acompanha: “The Rise of a Parallel, Post-Biblical Christianity.” Rochelle e Chantal fizeram parte de uma igreja de prosperidade em Durban por 15 anos; Nicola passou 11 anos em uma igreja de um sutil evangelho da prosperidade que buscava se adaptar aos de fora para alcançá-los.


Rochelle:

A primeira coisa que notei foi que se falava muito de pecado. Em minha antiga igreja, nunca se falava de pecado. Pela primeira vez me foi dito que eu era uma pecadora.

Enquanto eu ainda estava indecisa entre as duas igrejas, fui repreendida pelo meu antigo pastor quando comecei a falar sobre pecado e julgamento para as pessoas em nossa igreja. Ele me disse para parar, porque isso era muito negativo.

Eu cresci pensando que havia conquistado a minha salvação pelas minhas obras. Em nossa nova igreja eu ouvi pela primeira vez que Cristo havia cumprido toda a lei.

Primeiro eu fiquei ofendida que minhas obras não valiam de nada, e que eu não podia contribuir para a minha salvação. O fato de que eu não podia contribuir para a minha salvação era ofensivo. Mas após algum tempo, isso se tornou libertador.

Um dos líderes na nova igreja não deixou de ir atrás de mim, e eu continuei voltando. Eu percebi que até aquele ponto toda a minha vida cristã havia negligenciado o evangelho. A cruz só era pregada na Páscoa. O evangelho era visto como velhas novas, e presume-se que todos o conheciam e criam nele. A antiga igreja só estava interessada em receber uma nova palavra de Deus.

Eu me senti muito enganada. Eu costumava chorar. Senti-me traída. Eu percebi que eles também não nada além do que eu sabia.

Minha experiência com a Bíblia foi que ela era constantemente combinada com “profecias”. A norma era ler a Bíblia sem contexto e com imediata aplicação. Cheguei ao entendimento de que a Bíblia, em primeiro lugar, é sobre Jesus.

O culto público se tratava totalmente da experiência e do sentimento que se tinha durante os cânticos. Era um momento de convidar o Espírito Santo a vir sobre nós. Sempre era muito emocional.

Olhando para trás percebo que havia uma deficiência de piedade nas vidas dos líderes da igreja. Isso era visto especialmente na maneira que lidavam com as finanças. Havia corrupção, e o dinheiro recebido às vezes era escondido da congregação. Se você não dizimasse, você era abordado pela liderança.

Havia também pecado sexual. O líder da juventude estava namorando uma menina cristã enquanto dormia com outra namorada não-cristã. Isso era reportado ao pastor presidente, mas nada era feito a respeito. Três anos depois, ele ainda era o pastor da juventude.


Chantal:

Quando cheguei nesta igreja pela primeira vez sobre a seriedade do pecado. Quando vim pela primeira vez, fiquei ofendida. Depois, ia para casa libertada e entristecida ao mesmo tempo. A graça era completamente nova para mim, e um enorme conforto. Eu percebi que era da maior importância entender o evangelho da graça. Pela primeira vez, a justificação e a santificação foram explicadas para mim.

No início eu imaginava porquê cada sermão acabava falando de Jesus. Agora percebo que ele me leva de volta à minha necessidade de um salvador a todo tempo, e era disso que eu precisava para mudar.

Quando falei com meu antigo pastor sobre algumas das coisas que eram ensinadas na minha nova igreja, ele disse que o evangelho era bom para aquele contexto, mas não para o contexto dele. Ele sentia que as suas ovelhas já conheciam o evangelho e não precisavam ouvi-lo o tempo todo. Ele sentia que havia outras coisas que Deus estava dizendo e fazendo no mundo.

Ao olhar para os líderes da minha antiga igreja, você pensaria que eles estavam vivendo vidas piedosas por causa de sua religião baseada em obras. Externamente parecia impressionante. Contudo, o pecado sexual era comum entre os jovens, e nunca disciplinado. Um jovem adulto pecou sexualmente, e depois fez um longo jejum. Ele estava trabalhando pelo seu perdão.

A ideia de louvor e adoração era a maior coisa na minha antiga igreja: música e dons extáticos, línguas e profecia. Os cultos às vezes demoravam quatro horas, com duas horas de cânticos. As músicas sempre pareciam apontar para o indivíduo, com um monte de “eu” e quase nenhum “Jesus” nas canções.

Não havia ensino sistemático da Bíblia. A norma era citar as Escrituras completamente fora do contexto. Eu não sei porque eu levava a minha Bíblia. A Bíblia raramente era aberta. Ela era apenas citada erroneamente.


Nicola:

Na minha antiga igreja, da boca para fora se falava da importância da Bíblia, mas raramente ela era pregada ou lida sistematicamente.

Havia uma forte ênfase em “o que Deus está dizendo agora” em visões e palavras proféticas que frequentemente minavam o contexto e a aplicação da Escritura. Havia uma ênfase no treinamento de líderes com habilidades interpessoais ao invés de ensino da Bíblia.

A pregação era muito frequentemente tópica e dada à modificação comportamental. Desde que vim para cá percebi o quão pouco bom ensino da Bíblia eu havia recebido.

Os líderes são legais, descolados, normalmente mais jovens, muito dados a adaptar a igreja aos de fora a fim de alcançá-los. Frequentemente os cultos tinham iluminação especial, bandas de louvor altamente elegantes, e palavras aparentemente de Deus eram trazidas antes e depois do sermão. Isso diminuía a ênfase no sermão ao incluir outras coisas com ele.

Havia um foco na qualidade e na quantidade de louvor, ao passo de que às vezes não havia sermão. Louvor demonstrativo era sempre encorajado e até instruído, com frequentes chamados ao altar e respostas após a pregação.

Em minha antiga igreja, as pessoas se tornavam líderes muito rapidamente. E os líderes eram elevados e muito populares devido às suas personalidades. Eles encorajavam as pessoas a tomar decisões de acordo com o que Deus estava dizendo aos seus corações ao invés de tomar decisões de acordo com a Palavra.


Nota: Para mais sobre o evangelho da prosperidade na África do Sul, veja o artigo “The Rise of a Parallel, Post-Biblical Christianity.
Por: Grant Retief; Original: Three Post-Prosperity Gospel Testimonies. website: www.9marks.org
Grant Retief é reitor da Christ Church Umhlanga, na grande Durban, África do Sul. Ele e a esposa têm três filhos.
Tradução: Alan Cristie. Original: Três Testemunhos Pós-Evangelho da Prosperidade

2 de mar. de 2014

5 coisas que existem no inferno e faltam na igreja

Em Lucas cap-16:19-31:
“A parábola do rico e Lázaro”
Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro, no seu seio.E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venha também para este lugar de tormento.Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.E disse ele: Não, pai Abraão, mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e os profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.


A parábola é muito simples e nos mostrar o contraste de duas existências, a vida de dois homens, vivida no mesmo espaço de tempo, porém em ambientes e condições completamente distintas. Um muito rico e abastado e outro em completa miséria e ainda leproso. Um se fartava com os seus bens, enquanto o outro, desejando saciar a sua fome, desejava um pouco dos restos da mesa do rico, onde o seu único refrigério era os cães, que lambiam as suas chagas.

Mas, o que eu quero abordar, nesta oportunidade, não são as vidas destes dois homens, mas o pos morte. Quero chamar a sua atenção, para cinco comportamentos, aqui vistos no inferno; mas que gostaríamos de vivenciar mais na igreja, no coração dos nossos irmãos:


1º - E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.O olhar dos frequentadores da igreja de hoje não estão na vertical, mas na horizontal, pois só buscam as coisas terrenas. A bíblia diz: Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. (Cl-3:1-3).
Devemos olhar mais para as coisas do Alto.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
2º - No inferno alguém teve sede de refrigério, certamente se tivesse ouvido a palavra de Deus, não estaria nesta situação. Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. (Am-8:11)
Quanta falta de de sede pela Palavra vemos na igreja de hoje, mas inferno haverá sede.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venha também para este lugar de tormento.

3º - No inferno alguém, ainda que de forma tardia, teve espírito evangélistico, querendo dar um testemunho, não de salvação, mas querendo evitar, que os seus irmãos, se perdessem como ele. Hoje nas igrejas, os testemunhos, não são de salvação, mas sim de bênçãos materiais.

Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. “Notem bem que Jesus ao chamar um jovem para segui-lo; o jovem disse: Senhor deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o Reino de Deus. (Lc-9:59,60).

4º - No inferno alguém, não quer apenas enterrar os seus mortos, mas evitar que eles morram, pregando para que eles se arrependam. Na igreja, poucos são os que se importam com os seus parentes não salvos, tão pouco fazem grande esforço para levar-lhes a Palavra ou oram por seu arrependimento.
Porém, Abraão lhe disse: Se não ouve a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.

5º -No inferno ainda há arrependimento. (Não é tudo, que nos precisamos encontrar na igreja?). No inferno ainda se tem sede de refrigério. No inferno se deseja evangelizar. No inferno ainda se da um bom testemunho. No inferno, se compadece dos perdidos.



Presbitero Fábio publicou em Discipulo da Verdade

Fonte: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz2t8AmVYjE

A cruz de Cristo

Por Augustus Nicodemus

A morte de Cristo na cruz é um fato central para o cristianismo. É interessante que é da palavra latina “cruz” que vem a palavra “crucial”, isto é, central, importante. Para os budistas, não importa muito como Buda faleceu, mas faria toda a diferença do mundo para os cristãos se Jesus tivesse morrido de um ataque cardíaco nas praias do Mar da Galiléia e não crucificado no alto do Gólgota.

A cruz é o símbolo universal do cristianismo, mesmo num mundo onde mais e mais ela tem perdido o seu significado. Numa pesquisa recente feita na Austrália, Alemanha, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, ficou claro que o símbolo da MacDonalds (o arco dourado) e o da Shell (uma concha amarela) eram muito mais conhecidos do que a cruz.

Muitos dos que a identificam ofendem-se com ela. A cruz de Cristo é motivo de ofensa para muitos hoje, como foi na época em que os primeiros cristãos começaram a falar dela como o caminho de Deus para a salvação. O apóstolo Paulo escreveu: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus . . . nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Coríntios 1:18,23).
A feminista Deloris Williams é um exemplo moderno de pessoas que se ofendem com a cruz. Ela declarou: “Acho que não precisamos de uma teoria em que os pecado têm que ser pagos pela morte de alguém. Acho que não precisamos de um cara pendurado numa cruz, sangrando, e outras coisas desse tipo” (1999, conferência Re-Imagining God).

Podemos compreender a repulsa natural que as pessoas sentem pela cruz. A execução por morte de cruz era algo terrivelmente cruel. Na verdade, era sadismo legalizado. Foi provavelmente uma das formas mais depravadas de execução jamais inventada pelo homem. Nada mais era que morte lenta por tortura. E realmente funcionava. Ninguém jamais sobreviveu a uma crucificação.

Mas para os que crêem, a cruz faz perfeito sentido. A salvação do homem só pode ocorrer através de uma satisfação dada à lei de Deus, que o homem quebrou e tem quebrado sempre. Somente Deus pode perdoar. Mas somente o homem pode pagar. Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, colocou-se no lugar do homem, como representante dos que crêem, e sofreu a penalidade merecida, satisfazendo a justiça divina.

Até mesmo pensadores não cristãos afirmam a necessidade da punição merecida. O pesquisador C. A. Dinsmore examinou as obras de Homero, Sófocles, Dante, Shakespeare, Milton, George Elliot, Hawthorne e Tennyson, e chegou à seguinte conclusão: “É um axioma universal na vida e no pensamento religioso que não pode haver reconciliação sem que haja satisfação dada pelo pecado” ("Atonement in Literature and Life" republicado 2013), .

Portanto, para os que crêem, a cruz é mais que um símbolo a ser levado no pescoço ou pendurado nas paredes da igreja. É o caminho de Deus para salvar todo aquele que crê.


Fonte: O Tempora, O Mores.

27 de fev. de 2014

4 grandes doutrinas para sempre ter em mente

POR J.C. RYLE

Eu sinto que todos nós precisamos mais e mais da presença do Espírito Santo em nossos corações para nos guiar, nos ensinar e nos manter firmes na fé. Há algumas grandes verdades, que, em dias como este [1874!], somos especialmente obrigados a ter em mente. Acredito que há tempos e épocas na Igreja de Cristo em que somos obrigados a reforçar nosso conhecimento sobre algumas das principais verdades, para apreendê-las com uma firmeza fora do comum em nossas mãos, para imprimi-las em nossos corações e não perdê-las.


#1: A Corrupção total da Natureza

A corrupção da natureza humana não é algo desconsiderável. Não é parcial, superficial, mas uma corrupção radical e universal dos desejos, do intelecto e da consciência do homem. Não somos meramente pobres e mesquinhos pecadores na visão de Deus: somos pecadores culpados; somos pecadores condenados: merecemos a ira e a condenação de Deus. Acredito que há poucos erros e falsas doutrinas em que, a princípio, podem não ser detectadas visões distorcidas da corrupção humana. Percepções erradas sobre uma doença sempre trarão consigo a percepção do remédio errado. Visões erradas sobre a corrupção da natureza humana sempre acarretarão visões erradas do grande tratamento e cura dessa corrupção.


#2: Inspiração e Autoridade da Bíblia

Vamos sustentar corajosamente, diante de toda oposição, que a Bíblia como um todo é dada por inspiração do Espírito Santo, que tudo é inspirado completamente, não uma parte mais inspirada que outra, e que há um completo abismo entre a Palavra de Deus e qualquer outro livro no mundo. Precisamos não temer as dificuldades no sentido da doutrina da total inspiração. Talvez haja muitas coisas sobre isso muito longe de serem compreendidas por nós: é um milagre, e todos os milagres são necessariamente misteriosos. Mas se não acreditamos em nada até podemos explicar completamente, há pouquíssimas coisas, de fato, em que devemos acreditar. Precisamos não ter medo de todos os ataques da crítica sobre a Bíblia. Nos dias dos apóstolos, a Palavra do Senhor foi incessantemente ‘provada’, e nunca falhou em ressurgir como ouro, ilesa e sem pecado.


#3: A Expiação e o Sacerdócio de Cristo

Devemos corajosamente sustentar que a morte de nosso Senhor na cruz não foi uma morte comum. Não foi a morte de alguém que morreu apenas como um mártir. Não foi a morte de alguém que apenas morreu para nos dar um forte exemplo de auto-sacrifício e auto-negação. A morte de Cristo foi uma oferta a Deus do próprio corpo e próprio sangue de Cristo, para reparar o pecado e transgressão do homem. Foi sacrifício e conciliação; um sacrifício caracterizado em toda oferta da lei de Moisés, um sacrifício de grande influência em toda a humanidade. Sem o derramamento desse sangue não poderia haver, não era pra haver, qualquer remissão de pecado.


#4: O Agir de Deus no Espírito Santo

Vamos colocar em nossas mentes que o agir de Deus não é uma ação invisível incerta no coração: e que onde Ele está, Ele não está escondido, nem insensível, nem despercebido. Não acreditamos que o orvalho, quando cai, não possa ser sentido ou que a vida de um homem, não possa ser vista ou percebida por sua respiração. Assim é com a influência do Espírito Santo. Nenhum homem tem o direito de afirmar isso sem que seus frutos e seus efeitos possam ser vistos em sua vida. Onde Ele está, haverá um nova criatura e um novo homem. Onde Ele está haverá novo conhecimento, nova fé, nova santidade, novos frutos na vida, na família, no mundo, na Igreja. E onde essas novas coisas não podem ser vistas, bem podemos dizer com confiança que não há ação do Espírito Santo.


Traduzido por Carla Ventura | Reforma21.org | Original aqui

2 maneiras erradas de fazer um apelo evangelístico


Tome cuidado para que seu apelo não iluda as pessoas

Sempre que apresentamos o evangelho, quer num culto público aos domingos, quer numa conversa pessoal durante a semana, precisamos convidar as pessoas a que se arrependam e creiam no evangelho, para que a nossa apresentação das boas-novas seja completa. Quão boas são as boas-novas, se nunca digo às pessoas como elas podem responder ao evangelho e o que precisam fazer em relação a ele? Precisamos convidar as pessoas a se arrependerem e crerem.

Mas, quando as convidamos, temos de assegurar-nos de que não confundam qualquer resposta com a única resposta salvadora. Os riscos são elevados neste ponto, porque, se houver ambiguidade, estamos, de fato, cooperando para que as pessoas sejam iludidas quanto ao seu próprio estado espiritual, por lhes garantirmos que estão salvas, quando talvez elas não se arrependeram nem creram de maneira alguma. As duas respostas que, em nossos dias, são frequentemente confundidas com o arrependimento e a fé são (1) o fazer uma oração com alguém e (2) o vir à frente no culto de adoração.


1) Fazendo uma oração com alguém

Muitas vezes os cristãos compartilham o evangelho com alguém e o estimulam a fazer uma oração previamente escrita. (As pessoas podem realmente se arrepender e crer dessa maneira.) Em seguida, o evangelista bem intencionado encoraja o “novo crente”, dizendo: “Se você fez essa oração com sinceridade, como que expressando seus próprios sentimentos, parabéns! Agora, você é um filho de Deus”. No entanto, fazer uma oração nem a sinceridade nunca são apresentados nas Escrituras como um alicerce para a segurança de salvação. Jesus nos ensina a não tomarmos a oração e a sinceridade como segurança de salvação, e sim as ações — o fruto de nossa vida (Mt 7.15-27; Jo 15.8; 2Pe 1.5-12). O Novo Testamento nos ensina a considerarmos a santidade de conduta, o amor pelos outros e a pureza de doutrina como os indicadores de nossa segurança de salvação (1Ts 3.12-13; 1Jo 4.8; Gl 1.6-9; 5.22-25; 1Tm 6.3-5). Isso significa que não devemos encorajar as pessoas a se sentirem seguras de sua salvação fundamentadas apenas em uma oração que fizeram no passado, quando não têm quaisquer frutos de arrependimento observáveis em sua vida.


2) Vir à frente depois da pregação

Isso também se aplica àquele que vem à frente depois de uma pregação na igreja. Muitas vezes, pessoas vêm à frente depois de um sermão, indicando assim uma “decisão por Cristo”; e tais pessoas são logo recebidas como membros da igreja! Não se pode discernir nessas pessoas nenhum fruto de salvação, embora se admita (erroneamente) que ela se arrependeu e creu verdadeiramente, porque expressou abundância de emoções, veio à frente e fez uma oração sincera.

O resultado: falsas conversões

O resultado desse tipo de “não exigir evidências” da segurança de salvação é que as pessoas são ensinadas a considerar a oração de vinte anos atrás como o motivo para pensarem que são salvas, ignorando a contradição entre seu estilo de vida e sua confissão de fé. Podemos estar enchendo nossas igrejas com falsos convertidos, cujos pecados trazem dúvidas sobre o testemunho da igreja local. Esse não é o caminho para construirmos uma igreja saudável — e pode até obstruir a nossa obra evangelística — tanto dentro como fora da igreja local.

Precisamos compreender que as pessoas podem fazer orações sinceras e vir à frente, depois do sermão, sem arrependerem-se e crerem em Jesus. Isso tem sido feito durante dois mil anos. O escritor da Epístola aos Hebreus nos adverte que muitas pessoas tinham desfrutado de experiências espirituais genuínas e que tais experiências não eram coisas “pertencentes à salvação” (Hb 6.4-9; cf. 2Pe 1.6-10). Ele também nos instrui que a fé, a esperança e o amor são critérios mais confiáveis (Hb 6.9-12). O fruto de obediência é a única evidência externa que a Bíblia nos recomenda usar para discernirmos se uma pessoa é ou não convertida (Mt 7.15-27; Jo 15.8; Tg 2.14-26; 1Jo 2.3).

Seremos mais sábios se acabarmos com práticas evangelísticas ambíguas do que se continuarmos a confundir as pessoas quanto à natureza da resposta salvadora. É certo que permitir a ambiguidade pode aumentar o nosso rol de membros. Mas isso engana as pessoas não-salvas, levando-as a pensar que são salvas — esse é o mais cruel de todos os embustes. Também enfraquece a pureza de nossas igrejas e de seu testemunho corporativo, permitindo a aceitação de membros que são cristãos professos, mas que, mais tarde, revelam não serem cristãos, porque retornam a estilos de vida que não podem caracterizar um cristão verdadeiramente convertido.

Quer você esteja começando uma nova igreja, quer esteja reorganizando uma igreja antiga, continue a chamar as pessoas ao arrependimento e à fé — tanto em sua conversa como em sua pregação. Os novos convertidos podem fazer uma confissão pública dessa fé. É para isso que existe o batismo.


Algumas pessoas rejeitando os apelos evangelísticos modernos vão para o extremo oposto de nunca convocar os homens à fé e ao arrependimento. Qual o equilíbrio? Steven Lawson trata disso no vídeo abaixo e no livro O Foco Evangélico de Charles Spurgeon.


Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/02/2-maneiras-erradas-de-fazer-um-apelo-evangelistico/
Texto adaptado do livro Deliberadamente Igreja, capítulo 3 “Evangelização com Responsabilidade“ (pág. 64 a 66). Copyrigh © Editora FIEL
Autores: Mark Dever e Paul Alexander Tradução: Francisco Wellington Ferreira

4 de fev. de 2014

A GRAÇA DA GARÇA: A arte de viver em meio à lama sem sujar as vestes


Ora ou outra somos surpreendidos com a maneira que Deus escolhe para nos dar aquele “pedala”, e nos despertar para as coisas boas e simples da vida. Seja num diálogo com um irmão de viver simples e humilde, na contemplação de uma obra de arte, na natureza, numa canção, além é claro da sua infalível e fiel Palavra.
Confesso que ás vezes esse chacoalhão dói, mas é uma dor boa. Ter seu pecado ou erro confrontado com a verdade imutável do SENHOR, nos deveria gerar além do arrependimento, um contentamento e esperança, por saber que Deus com um pai perfeito nos corrige por amor.

E uma dessas vezes em que fui surpreendido foi quando um amigo meu me postou um link no facebook com uma canção de Rap chamada: “A graça da garça”, do grupo Estratagema de Deus. Não sou muito fã desse tipo de som; mas a qualidade dos caras, e as grandes verdades sendo cantadas verso após verso são marcantes.

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Estratagema de Deus - RAP "A graça da garça"

Mas algo que me chamou a atenção, sem dúvidas foi a ideia central da canção: “A graça da garça - A arte de viver em meio à lama sem sujar as vestes.”

Gosto desse tipo de abordagem ilustrativa, me lembra o Mestre Jesus quando ensinava por parábolas pedindo para observarmos os campos, as aves, os céus; Ele queria que enxergássemos além do óbvio, queria que pensássemos.

Então afinal, qual é graça da garça? Olhemos então esse animal gracioso.

Logo de cara o que é mais fascinante nessa ave é observar quão alva são suas penas. A brancura é tamanha que em algumas vezes se torna radiante ao refletir a luz do sol sobre elas. A leveza do seu voo, a destreza de seu caminhar nos mais variados campos: praias, rios, charcos e manguezais (lama).
Diante disso me veio a mente o seguinte questionamento: Como pode um animal que vive em meio a lama e lodo ainda manter-se tão puro e limpo?

Comparando isso a nossa realidade, não é tão diferente. Diariamente passamos por ambientes e/ou situações em nossas vidas de completa lama e pecado: violência, imoralidades, corrupção, injustiça, mentiras, ganância... muita lama e muita sujeira.

Qual o segredo de manter-se puro como a garça nessas situações?

O problema não está na lama em si, mas sim quando essa lama nos submerge, quando ela toma conta de nossas forças e emoções; pois quando isso acontece a cor, o cheiro e as demais características que essa lama (pecado) carrega passa a ser nossa também. E quanto mais tempo passamos parados e conformados nesse ambiente, passamos a ser tão corruptíveis quanto ele.

Paulo nos diz em Romanos 12:2:
   “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Quando o apóstolo Paulo nos alerta: "não se amoldem ao padrão deste mundo...", ele quer nos advertir que mesmo em meio ao completo caos, a lama, a podridão que presenciamos e vemos diariamente tão de perto, nós não precisamos nos moldar e nos conformar com tudo isso. Devemos buscar uma mudança completa de mente, e isso implica em mudança dos hábitos que são contrários ao que Deus quer de nós, implica também em caminhar contrária a nossa natureza pecaminosa, e não se conformar com esse mundo vil do qual estamos inseridos até o pescoço, que se volta ao lamaçal do pecado como porcos num chiqueiro.

Deus é quem nos orienta e nos direciona a termos esse modo de viver, Ele é o mesmo que nos capacita a concretizá-lo mediante a atuação do seu Espírito Santo, Ele é a rocha na qual estamos firmados, mesmo que passemos por pântanos traiçoeiros, vales de escuridão e morte, temos plena confiança em Cristo.
“Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro.” (Salmos 40:2)

ESSA É A GRAÇA DA GARÇA: VIVER EM MEIO À LAMA SEM SUJAR AS VESTES.
ESSA É A GRAÇA DOS ELEITOS EM CRISTO: VIVER EM MEIO AO PECADO SEM SE CONFORMAR COM ELE.


3 de fev. de 2014

Milhares de pessoas protestam em Paris contra casamento gay e 'teoria do gênero'


Paris — Milhares de opositores ao casamento gay ou à "teoria do gênero" protestavam neste domingo em Paris, em uma nova demonstração de força que revela o fortalecimento do conservadorismo na França.

Em um ato "pela família e pelas crianças", os manifestantes começaram a se reunir no início da tarde no centro de Paris. Os organizadores previam o comparecimento de dezenas de milhares de participantes. Em outras partes da França, principalmente em Lyon, manifestações também estavam sendo realizadas.

"Hollande, não queremos a sua lei!", gritava a multidão, composta principalmente de católicos tradicionalistas, mas também de muçulmanos ultraconservadores. Os manifestantes exibiam uma faixa com o lema: "Família: educação, solidariedade, dignidade".

Para Abdel e Said Ahmet, dois pais de família argelinos que dizem compartilhar os "valores comuns" com os manifestantes católicos, "é a família que deve ser responsável pela educação sexual, e não o governo".

Uma semana depois dos tumultos que marcaram a manifestação contra Hollande - que tiveram 19 policiais feridos e 226 pessoas detidas -, o ministro do Interior, Manuel Valls, advertiu que não toleraria atos de violência de manifestantes.

Logo no início da manifestação na capital francesa, a Polícia deteve doze militantes de um pequeno grupo de extrema direita no momento em que eles se preparavam para se juntar a uma passeata.

Após as mobilizações de novembro de 2012 contra o casamento homossexual, uma parcela mais conservadora da população francesa vê o casamento entre pessoas do mesmo sexo como uma ameaça à sociedade e teme a liberação da procriação medicamente assistida (PMA) para os casais de mulheres, a legalização das "barrigas de aluguel" e a pretensa "teoria do gênero".

O governo do presidente socialista François Hollande não prevê esses projetos, mas os assuntos geram um clima que alguns observadores consideram "repugnante" na França.

Cenário de um forte debate político, a França foi marcada pelo que muitos consideram um divisor de águas para a esquerda - a Revolução Francesa de 1789. Desde então, os ânimos no país se exaltam quando os esquerdistas chegam ao poder. Nos anos 1930, as ligas da extrema direita se mobilizaram para desestabilizar o governo de esquerda e a República. Em menor medida, a chegada do socialista François Mitterrand à Presidência, em 1981, causou revolta em meio ao eleitorado mais conservador.

Nas últimas semanas, uma "Marcha pela Vida" dos opositores ao aborto, em 19 de janeiro, e, depois, uma manifestação anti-Hollande, no dia 26 do mesmo mês, extrapolaram do quadro habitual de contestação política.

Durante essa manifestação, que terminou em confrontos com a Polícia, pequenos grupos de extrema direita questionaram a República e intensificaram uma ofensiva racista e antissemita.

François Hollande pediu atenção diante "dos movimentos extremistas, racistas".


"Teoria do gênero"

Durante a semana, uma nova polêmica eclodiu com um rumor segundo o qual as escolas estariam incitando as crianças a rejeitar sua identidade sexual, e até mesmo a se masturbar. Esse rumor, que não tem fundamento mas que atrai principalmente os muçulmanos, retoma a argumentação de grupos de extrema direita de inspiração católica que acusam o governo de querer impor a "teoria do gênero", interpretada como a negação da diferença entre os sexos e a promoção da homossexualidade.

Os organizadores da manifestação deste domingo pediram na sexta-feira a "retirada imediata" de uma experiência em curso em algumas escolas destinada a promover a igualdade entre meninas e meninos, e que visa, segundo eles, "a remodelar a atitude e a maneira de ser das crianças".

Antes da manifestação, Manuel Valls denunciou o surgimento de um "Tea Party à francesa" e pediu que a "direita republicana" se "desvencilhe claramente" desse movimento. O ministro do Interior mencionou "uma onda dos anti: anti-elites, anti-Estado, anti-impostos, anti-Parlamento, anti-jornalistas... Mas também e, principalmente, os antissemitas, os racistas, os homofóbicos... Todos simplesmente anti-republicanos".

Fonte: Google News

27 de jan. de 2014

Amei a Loki, e Odiei a Thor

Por COLLIN GARBARINO

O grande lançamento de 2012, Os Vingadores, levou milhares de espectadores a pedir por mais Loki, personagem interpretado por Tom Hiddleston. E Thor: O Mundo Sombrio não decepcionou esses fãs. Loki rouba toda cena em que aprece. Acho que tem um jogo de palavras na última frase.

A dinâmica familiar entre Thor e Loki me lembra outra famosa rivalidade entre irmãos, Jacó e Esaú. Esaú e Thor são os irmãos mais velhos, Jacó e Loki, os mais novos. Thor e Esaú desfrutam do amor de seus pais, enquanto suas mães favorecem Loki e Jacó. Thor é um bruto cabeludo. Esaú é um bruto cabeludo. Loki é um trapaceiro tentando roubar a primogenitura do irmão. Jacó é um trapaceiro que rouba a primogenitura do irmão. Esaú casa com uma mulher que seus pais não aprovam. Thor passa seu tempo atrás de uma mulher que Odin desaprova. Jacó disfarça-se como seu irmão. Loki disfarça-se de todo mundo.

Por quem deveríamos torcer ao assistirmos Thor: O Mundo Sombrio? A Bíblia aprova Jacó, então eu acho que isso significa que deveríamos apoiar Loki. Mas ele não é um vilão? Bem, sim, mas mesmo o deus do trovão admite que ele tem mais de governante que Thor. Deixe as pessoas fazerem aquilo no que elas são boas.

Mas não me entenda mal. Eu adoro Thor como personagem. Mas, quando ele está contra seu irmão mais novo, não consigo não torcer por Loki. A versão de Hiddleston para o enganador “fascina” – no sentido mais arcaico da palavra.

O fascínio de Loki vem de sua complexidade. Eu passei o filme todo perguntando: “Esse é o Loki verdadeiro?”. Após o final do filme, eu pensei sobre a cena em que Thor visita Loki na prisão. No começo, Loki mantém sua compostura, e ele zomba de seu irmão. Thor diz: “Basta!” e a ilusão desaparece. Nós vemos o verdadeiro Loki, despenteado e desconsolado, sentado no chão. Foi uma cena excelente na qual nós vemos Loki devastado pelas escolhas que fez.

Mas ele estava realmente devastado? Era o Loki verdadeiro? Depois do filme, eu comecei a imaginar. E se a cena contivesse uma ilusão dupla? E se Loki mostrou a Thor o que Thor desejava ver para poder sair da prisão. Como Loki é o enganador, todas as suas cenas estão abertas a questionamento. É possível ir ao desespero tentando enxergar o verdadeiro Loki.

Eu cheguei a uma maneira alternativa de interpretar o personagem. Eu decidi que a genialidade de Loki é que nada daquilo é ilusão. Seu desdém por Thor, real. Seu amor por Thor, real. Sua necessidade desesperada da aprovação de Odin, real. Seu auto-sacrifício, real. Sua natureza autocentrada, real. Sua arrogância, sua bravata, sua penitência, sua dor – é tudo real. Loki é o enganador supremo porque ele acredita em cada uma de suas ilusões. Ele não está enganando os outros tanto quanto ele engana a si mesmo. Loki é o personagem mais complexo que eu já vi em um filme de super-herói (embora o Homem de Ferro de Robert Downey Jr. alcance um segundo lugar extremamente próximo).

Eu acho mais fácil me identificar com Loki que com Thor. Thor é um herói. Eu queria ser um herói. Loki queria ser um herói também. Loki e eu percebemos que há uma lacuna entre o que nós somos e o que aspiramos ser. Algumas vezes, nós fingimos. Às vezes, o reconhecimento da lacuna causa ações destrutivas que, na verdade, aumenta a lacuna. Loki e eu temos corações complexos e perversos. Algumas vezes, nós dois acreditamos em nossas próprias mentiras. Loki só quer ser amado, mas, se ele não conseguir isso, ele tentará ser temido. Isso resume muito bem meu relacionamento com meus alunos.

Assim, pelo menos por enquanto, estou na torcida por Loki. Eu quero descobrir o que ele fará a seguir, e espero que o próximo filme contenha graça suficiente para libertá-lo de suas próprias ilusões. Nem Loki, nem eu podemos nos libertar de nossos próprios corações enganosos.

Essa é minha abordagem agostiniana para um filme de super-heróis, se é que isso tem algum sentido.


Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org | Original aqui

14 de jan. de 2014

4 disciplinas espirituais características desta década


Não existem pecados novos, somente maneiras mais eficientes e variadas de os cometê-los. Antes que deixemos o padrão da cultura do século XXI nos pegar em sua corrente, vamos pausar por um momento e examinar nossos comportamentos. Talvez, seja hora de nadar contra o fluxo da informação.

Aqui estão quatro disciplinas piedosas que deveríamos buscarmos em 2014 e que ganharam um significado singular nos últimos 5 a 10 anos.

1. Para de olhar para seu umbigo e para seu iPhone.

O advento dos smartphones introduziu uma taxa sem precedentes de interrupções em nossas interações sociais. Os telefones nos tornaram pessoas egoístas e sem consideração de maneiras que costumavam parecer grosseiras e incultas.

Antigamente, se alguém viesse até você e começasse a falar enquanto você já estava em outra conversa, essa pessoa seria considerada rude.

Essa década, porém, fez com que nos sintamos rudes por não responder instantaneamente qualquer interrupção que surge no nosso telefone.

Você sabe como é frustrante ser interrompido no meio de uma frase por um toque de telefone, apenas para ver a pessoa com quem você estava falando solta o “E aí?”como se fosse uma questão de vida ou morte. Eu entenderia se Jack Bauer me pedisse para esperar um minuto enquanto ele checava os SMS do presidente. Mas pouquíssimas pessoas trabalham para a unidade antiterrorismo ou estão numa ligação interceptando um ataque terrorista.

Muitas pessoas respondem seus telefones por apenas uma razão: elas escutaram ele tocar. Quão pavloviano isso pode ser?

Considere que falta de consideração e humilhante é espiar atentamente uma tela, enquanto a pessoa à sua frente ainda está falando com você.

E mesmo que a mensagem tenha uma origem importante por um motivo realmente urgente, é certo que devemos dar – a quem quer que esteja conversando conosco – a permissão para que termine seu raciocínio, ou, caso contrário, precisamos desculpar-nos com uma explicação de por que esse intruso é legitimamente mais importante que os outros.

Creio que essa área está se tornando uma na qual os cristãos podem testemunhar e dar exemplo. Pessoalmente, eu decidi que, neste ano, não permitirei que meu telefone me faça comportar-se sem consideração por aqueles a quem amo.

Aliás, uma vez eu rejeitei uma ligação durante um jantar de família. Sabe o que aconteceu? Nada. Vai entender. Aparentemente, minha disponibilidade não é tão crítica para a segurança nacional quanto a de Jack Bauer.

Filipenses 2.3: mas por humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo

2. Favoreça o face-a-face, não o Facebook

Em uma resolução relacionada, eu quero cultivar amizades em cafés, na minha casa, na praia ou em outros lugares que são… bem, lugares reais. Relacionamentos de Facebook, forjados no ciberespaço, abastecidos por SMS e emoticons, têm seu lugar nas interações humanas, mas eles não deveriam substituir a preciosidade da comunhão que vem por estar junto.

É uma maneira de amar seu próximo e honrar a imagem de Deus em vez de uma imagem baixada na internet.

Esta é uma coisa que Satanás adora enfraquecer…

1 Ts 2.17-18: Nós, porém, irmãos, sendo privados de vós por um momento de tempo, de vista, mas não do coração, tanto mais procuramos com grande desejo ver o vosso rosto; Por isso bem quisemos uma e outra vez ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu.

1 Ts 3.10-11: Orando abundantemente dia e noite, para que possamos ver o vosso rosto, e supramos o que falta à vossa fé? Ora, o mesmo nosso Deus e Pai, e nosso Senhor Jesus Cristo, encaminhem a nossa viagem para vós.

3. “Twíte” para edificar, não para atrair atenção.

Pv 29.11: O tolo revela todo o seu pensamento, mas o sábio o guarda até o fim.

Pv 29.20: Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele.

Ec 9.17: As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina entre os tolos.

Em outras palavras, só porque você tem uma tribo de seguidores no Twitter ou em seu blog, não significa que você deva se deliciar em soltar qualquer pedantice que sai do seu reservatório de opiniões birutas.

4. Acrescente valor, não barulho.

A internet tem permitido acesso a palanques e púlpitos que seriam melhores se os deixássemos no silencioso. Mas, agora, qualquer um com um ponto de wi-fi pode elevar baboseiras banais e ocas a um nível de contéudo publicável. Como crentes, precisamos aplicar os padrões de comunicação do nosso Senhor a toda mensagem que postamos.

Ef 4.29: Não saia da vossa boca [ou conta do Twitter, ou página do Facebook ou blog do WordPress] nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.

Pv 10.19-21: Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio. Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos perversos é de nenhum valor. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas os tolos morrem por falta de entendimento.

A ironia de postar essa mensagem em um blog não passou desapercebida. Mas eu espero que você aplique os pontos que você crê que honrarão o Senhor. E realmente espero que você não esteja lendo isso enquanto alguém está falando com você na vida real.

Fonte:Reforma 21

03 MOTIVOS BÁSICOS PORQUE NÃO FAÇO APELO PARA SALVAÇÃO


Por Renato Vargens

De forma efetiva os apelos para "aceitar" Jesus deram início no século XIX com Charles Finney.

O apelo religioso é a prática de convidar o ouvinte de uma mensagem evangélica, a tomar uma decisão de aceitar Cristo como seu salvador. Normalmente o apelo é dado depois de uma pregação ou campanha evangelística, num clima emotivo, onde canções em tom menor são entoadas com vistas a sensibilizar o pecador. Em momentos como esses o ouvinte é convidado a responder sim ou não a "oferta " de salvação por parte do pregador.

Caro leitor, eu não acredito em apelos para salvação. Permita-me explicar porque:


1-) A prática do Apelo afronta a incapacidade do homem de ir a Deus.

A doutrina da depravação total é inequívoca. Efésios 2.1 nos ensina que o homem está “morto em seus delitos e pecados”. Isto é, um homem morto espiritualmente não possui a capacidade de ir a Deus ou até manifestar desejo por Deus, a não ser que este o queira e o convença mediante o Espírito Santo do pecado do juízo e da justiça. Além disso, as Escrituras também ensinam que “Ninguém pode ir a Cristo se o Pai, não o enviar.” Em outras palavras isso significa que nenhum homem pode ou tem poder para ir até Cristo por vontade própria.


2-) A prática do apelo geralmente é feita num clima sensacionalista, manipulativo e extremamente emocional.

É comum ao final dos sermões encontrarmos os pregadores num clima extremamente emotivo convidando os ouvintes a decidirem por Cristo. Em momentos como esses, o que importa é sensibilizar o pecador levando-o a decidir por Cristo.

Caro leitor, uma decisão movida por emoções não aponta de forma efetiva para uma conversão a Cristo. Na verdade, a maioria daqueles que responderam um apelo para aceitar Jesus, não permaneceram na Igreja, na verdade, acredita-se que 90% daqueles que com lágrimas disseram sim a Cristo, não continuaram a trilhar a estrada da fé.


3-) O apelo contradiz o que a Bíblia dá como a ordem na salvação.

João 3.3 nos ensina que se o homem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Regeneração antecipa conversão. É o novo nascimento que habilita o homem a confiar e crer em Cristo, portanto, querer que o homem decida por Cristo antes de ser convencido pelo Espírito Santo dos seus pecados, bem como regenerado pelo Senhor afronta as verdades bíblicas.

Pense nisso!


Fonte: http://renatovargens.blogspot.com.br/2014/01/03-motivos-basicos-porque-nao-faco.html

9 de jan. de 2014

Evangélicos Encontram-se no Meio de um Avivamento Calvinista – Mark Oppenheimer (The New York Times)

Para aqueles que estão tristes com o fim do quiz de fim de ano, aqui está uma pergunta para começar 2014: Se você tivesse se unido a uma igreja que prega uma teologia da Tulip, isso significa que: a) o pastor coloca flores no pão da ceia; b) o pastor crê que as flores que surgem novamente toda primavera simbolizam a ressurreição; ou c) o pastor é um calvinista?

Como um número cada vez maior de cristãos sabe, a resposta é a letra “c”. O acrônimo [em inglês] resume as chamadas doutrinas da graça de João Calvino, com sua ênfase na pecaminosidade e na predestinação. O “T” significa a Total Depravação do homem. O “U” significa a Eleição Incondicional, que quer dizer que Deus já decidiu quem será salvo, independente de qualquer condição na própria pessoa, ou em qualquer coisa que ela possa fazer para conquistar sua salvação.

O acrônimo não fica mais animador depois.

O evangelicalismo está no meio de um avivamento calvinista. Números cada vez maiores de pregadores e professores ensinam as visões do reformador francês do século 16. Mark Driscoll, John Piper e Tim Keller — pregadores de megaigrejas e importantes escritores evangélicos — são todos calvinistas. A frequência em conferências e igrejas de influência calvinista está em alta, especialmente entre os fiéis nas casas dos 20 e 30 anos de idade.

Na Southern Baptist Convention (Convenção Batista do Sul), a maior denominação protestante dos Estados Unidos, a ascensão do calvinismo provocou discórdia. Em 2012, uma pesquisa abrangendo 1.066 pastores batistas do sul conduzida pela LifeWay Research, um grupo sem fins lucrativos associado à Southern Baptist Convention, 30% consideraram suas igrejas calvinistas, enquanto que 60% estavam preocupados “com o impacto do calvinismo”.

Calvinismo é uma orientação teológica, não uma denominação ou organização. Os puritanos eram calvinistas. Os presbiterianos são provenientes dos calvinistas escoceses. Muitos batistas primitivos eram calvinistas. Mas no século 19 o protestantismo se moveu em direção à crença não-calvinista de que os seres humanos devem consentir com sua própria salvação — uma crença otimista e americana por excelência. Hoje, nos Estados Unidos, uma grande denominação (a Presbyterian Church in America) é assumidamente calvinista.

Mas mais ou menos nos últimos 30 anos, os calvinistas têm ganhado proeminência em outros ramos do protestantismo e em igrejas que costumavam dar pouca importância à teologia. Em 1994, quando Mark Dever foi entrevistado na Capitol Hill Baptist Church, uma igreja batista do sul em Washington, o comitê de seleção nem mesmo teve que pergunta-lo a respeito de sua teologia.

“Então eu disse: ‘Deixe-me pensar no que vocês não gostariam em mim se soubessem’”, lembra Dever. E lhes contou que ele era um calvinista. “E eu tive que explicar para eles o que isso significava. Eu não queria que minha família se mudasse para cá e eu acabasse perdendo o emprego”.

Dever, 53, disse que quando assumiu em 1994, cerca de 130 membros frequentavam aos domingos, e a idade média deles era entre os 70 anos. Hoje igreja recebe cerca de 1.000 fiéis, com uma idade média entre os 30 anos. E embora Dever tenda a não mencionar Calvino em seus sermões, seu educado público, muitos dos quais trabalham na política, sabe e gosta do que está ouvindo.

“Penso que é perceptível em seu ensino”, diz Sarah Rotman, 34, que trabalha para o World Bank. “O foco real é na Escritura, e que todas as respostas que buscamos nesta vida podem ser encontradas na palavra de Deus. Em muitas de suas pregações, ele realmente fala sobre nossa pecaminosidade e nossa necessidade do Salvador”.

Tal foco na pecaminosidade difere muito do evangelicalismo popular dos últimos anos. Ele corre na contramão dos pregadores do “evangelho da prosperidade”, que insinuam que a fé pode tornar uma pessoa rica. Ele não soa nada como as afirmações que apelam às emoções de pregadores e escritores como Joel Osteen, que tratam a Bíblia como um livro de autoajuda ou um guia para melhorar os negócios.

“O que você ouve em algumas megaigrejas é: ‘Deus quer que você seja um bom pai, e aqui há sete formas em que Deus pode lhe ajudar a ser um bom pai’”, diz Collin Hansen, autor de “Young, Restless, Reformed: A Journalist’s Journey With the New Calvinists” [“Jovens, Incansáveis, Reformados: A Jornada de um Jornalista com os Novos Calvinistas”]. “Ou: ‘Deus quer que você tenha um bom casamento, então aqui estão três maneiras de fazer isso’”. Em contraste, Hansen diz que aqueles que frequentam igrejas calvinistas querem que o pregador “fale sobre Jesus”.

Alguns não-calvinistas dizem que a ascensão do calvinismo foi alcançada, em parte, através de métodos sorrateiros. Roger E. Olson, um professor da Baylor University e autor de “Contra o Calvinismo” (Editora Reflexão), é o crítico mais franco do calvinismo.

“Uma das preocupações é que novos formandos de certos seminários batistas tenham se infiltrado em igrejas que não são calvinistas, e não contando às igrejas ou aos comitês de seleção, que não são calvinistas”, diz o professor Olson. De acordo com o que ele ouviu, jovens pregadores “esperam vários meses e depois começam encher a biblioteca da igreja com livros” de calvinistas como John Piper e Mark Driscoll. Eles criam turmas especiais com tópicos calvinistas, diz ele, e colocam na liderança da igreja aqueles que são calvinistas como eles.

“Frequentemente a igreja acaba se dividindo, com os não-calvinistas começando sua própria igreja”, diz o professor Olson.

Em sua reunião anual em junho, a Southern Baptist Convention recebeu um relatório de seu Comitê Consultivo de Calvinismo, que abordou acusações tanto de preconceito anticalvinista dentro da denominação quanto de má fé de calvinistas.

“Devemos esperar que todos os candidatos para posições ministeriais na igreja local sejam completamente sinceros dispostos quanto às questões da fé e da doutrina”, diz o relatório.

Embora muitos neocalvinistas mantenham-se longe da política, eles geralmente tomam posições conservadoras quanto às Escrituras e a questões sociais. Muitos não creem que as mulheres devam ser pastoras ou presbíteras. Mas Serene Jones, presidente do Union Theological Seminary, diz que a influência de Calvino não era limitada aos conservadores.

Cristãos liberais, incluindo alguns congregacionalistas e presbiterianos liberais, podem também assumir outros aspectos dos ensinos de Calvino, diz a Dra. Jones. Ela mencionou a crença de Calvino de que o “engajamento cívico é a principal forma de obediência a Deus”. Ela adiciona que, diferentemente de muitos conservadores de hoje, “Calvino não lia a Escritura literalmente”. Frequentemente Calvino “está citando-a incorretamente, e ele inventa passagens da Escritura que não existem”.

Brad Vermurlen, um aluno bacharel da Universidade Notre Dame escrevendo uma dissertação sobre os novos calvinistas, diz que a ascensão do calvinismo foi real, mas que a comoção deve diminuir.

“Dez anos atrás, todos falavam da ‘igreja emergente’”, diz Vermurlen. “E cinco anos atrás, as pessoas estavam falando da ‘igreja missional’. E agora do ‘novo calvinismo’. Eu não quero dizer que o novo calvinismo seja uma mania, mas me pergunto se é uma daquelas coisas que os evangélicos americanos querem falar a respeito por cinco anos, e depois continuar vivendo suas vidas e plantando suas igrejas. Ou é algo que veremos daqui a 10 ou 20 anos?”


Fonte: Voltemos ao Evangelho

6 de jan. de 2014

Minha vida é uma parábola

Sou o filho que foge de casa
Sou a moeda não encontrada
Sou solo pedregoso
Sou um pouco de trigo e de joio

Quando contou a minha história
O menor grão virou árvore frondosa
Os talentos se multiplicaram
As damas de companhia acordaram

Bato no peito, pois reconheço que não presto 
Passei ao largo de quem precisava de afeto
Minha triste história foi marcada por uma rinha 
Pois matei o filho do senhor da vinha

Quero vender tudo por esta pérola
Quero jogar arroz quando o noivo aparecer
Quero bater na porta até a cidade toda acordar
Quero aprender a sentar no último lugar

Sou ovelha desgarrada do rebanho
Sou filho que não quer perdoar
Sou convidado que não aparece na festa
Sou o que cobro centavos ao invés de perdoar 

Mas ele encarou o deserto para me buscar
Deu grande festa quando me encontrou
Preparou o solo para minha vida transformar
Me chamou de filho quando só queria lhe usar

Antes de tudo o Senhor já sabia minha história
Narrou os detalhes em sabedoria e milagres
Transformou minha miséria com graça e amor 
A parábola da minha vida glorificou o meu Senhor 


Fonte: Blog Marcos Botelho / www.marcosbotelho.com.br

Incendiários cibernéticos

È muito fácil clicar em “enviar”, “postar”, “tweetar” ou “publicar”. Basta um clique. Um toque na tela. Um “sim” para o Siri. Eu nem preciso pensar muito para fazer. Eu saco uma mensagem e a disparo, como um cowboy em um duelo. Talvez seja algo engraçado. Talvez seja uma crítica a alguém. Talvez seja um link para um artigo agressivo escrito por algum pastor proeminente. Talvez seja algum gracejo com o presidente.

A Internet tornou fácil ser um incendiário. Tocar fogo no mundo. Ser uma bomba de napalmambulante. Atravessar o dia espirrando gasolina virtual em tudo e em todos.

Tiago 3.5-6 diz:
"Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno."

O argumento de Tiago é que nossas palavras, que parecem pequenas e desimportantes, que vêm de nossas bocas como uma torrente, podem ser incrivelmente destrutivas. Nossas palavras são equivalentes ao fogo, que pode por em brasas toda uma floresta, derrubar edifícios e causar quantidades inenarráveis de sofrimento. Palavras não são coisas pequenas.

Essa passagem de Tiago se aplica o mesmo tanto para as palavras que dizemos digitalmente. Cada post no Facebook tem o potencial para queimar alguém. Cada tweet tem o potencial de iniciar um incêndio. Cada foto no Instagram, mensagem de texto, Pin ou Snapchat tem o potencial para tocar fogo em toda a sua vida. Deus leva a sério nossas palavras digitais tanto quanto nossas palavras verbalizadas. Será que nós mesmos levamos a sério nossas palavras digitais?

É fácil ser um incendiário na Internet. Nela, é fácil dizer coisas que nunca diríamos diretamente a alguém. O brilho de nossas telas de LCD oferecem um falso senso de segurança e proteção. Podemos dizer algo sobre alguém sem vermos o efeito que isso tem na pessoa. Podemos criticar alguém sem ver os efeitos danosos e devastadores de nosso criticismo. Podemos postar uma imagem sem ver o quanto essa foto pode ser uma tentação para outras pessoas. A Internet nos permite dizer o que quer que desejemos sem quaisquer das consequências normais de uma conversa.

Como podemos evitar o perigo de sermos incendiários cibernéticos? Seria muito sábio considerar regularmente os seguintes versos da Escritura:

"Não saia da vossa boca [ou computador, smartphone, tablet!!!] nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção."
(Efésios 4.29-30)


Antes de clicar em “publicar”, preciso me perguntar: isso serve para a edificação dos outros? Ou minhas palavras estão derrubando e ferindo alguém? Se eu dissesse essas palavras diretamente para alguém, ela seria edificada ou derrubada? A afeição dessa pessoa por Cristo iria diminuir ou aumentar? Deus deseja que todas as nossas palavras, posts e tweets tenham um efeito edificador.

"O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra [ou comentário, post, tweet!!!] frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado." (Mateus 12.35-37)

As coisas que postamos online são um reflexo do que já está em nossos corações. Em outras palavras, nosso discurso é um reflexo de quem somos. Quando estivermos perante o Senhor no Dia do Julgamento, daremos conta de cada palavra que enunciarmos. Cada palavra dita, cada mensagem de texto, cada atualização no Facebook, cada tweet, cada Pin, cada Instagram. Antes de postar, então, preciso me perguntar: eu vou me envergonhar disso no último dia? Irei me arrepender dessas palavras quando estiver perante o trono do Julgamento?

Eu não escrevo esse texto como se fosse alguém que já entendeu tudo isso. Longe disso. Na verdade, recentemente minha esposa Jen me corrigiu graciosamente por algo que eu postei no Facebook. Eu preciso disso. Por quê? Porque eu não quero ser um incendiário cibernético.


Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui

4 de jan. de 2014

Leia a Bíblia "contra" você! – Jonathan Edwards (1703-1758)



"Sempre una a auto-reflexão com a leitura e o ouvir da Palavra de Deus. Quando você ler a Bíblia ou ouvir sermões, reflita e compare os seus caminhos com o que você leu ou ouviu. Pondere que harmonia ou desarmonia existe entre a Palavra e os seus caminhos. A Bíblia testifica contra todo tipo de pecado e tem direções para qualquer responsabilidade espiritual, como escreveu Paulo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2Tm 3.16,17; ênfase acrescentada). Portanto, quando ler os mandamentos dados por Cristo e seus apóstolos, pergunte-se: Vivo de acordo com essas regras? Ou vivo de maneira contrária a elas?

Quando ler histórias da Bíblia sobre os pecados e sobre os culpados, faça uma auto-reflexão enquanto avança na leitura. Pergunte a si mesmo se é culpado de pecados semelhantes. Quando ler como Deus reprovou o pecado de outros e executou julgamentos por seus pecados, questione se você merece punição semelhante. Quando ler os exemplos de Cristo e dos santos, questione se você vive de maneira contrária aos seus exemplos. Quando ler sobre como Deus louvou e recompensou seu povo pelas suas virtudes e boas obras, pergunte se você merece a mesma bênção. Faça uso da Palavra como um espelho pelo qual você examina cuidadosamente a si mesmo — e seja um praticante da palavra (Tg 1.23-25).

Poucos são aqueles que fazem como deveriam! Enquanto o ministro testifica contra o pecado, a maioria está ocupada pensando em como os outros falham em estar à altura. Podem ouvir centenas de coisas em sermões que se aplicam adequadamente a eles; mas nunca pensam que o que pregador está falando lhes diz respeito. A mente deles está fixa em outras pessoas para quem a mensagem parece se encaixar, mas eles nunca julgam necessitar dessa pregação."

-Jonathan Edwards (1703-1758)

3 de jan. de 2014

Desmistificando a "santa" música gospel


Para muitos crentes, a música gospel é santa, pura e imaculada. Muitas vezes até superior às Escrituras, pois doutrinas são elaboradas com base em letras de músicas gospel, e não na Bíblia, e incorporadas ao corpo doutrinário de muitas Igrejas. A “Doutrina da Restituição” é um exemplo disso, pois embora não tenha NENHUMA base bíblica foi estabelecida após uma banda de sucesso gravar uma dezena de músicas tratando de restituição, de querer de volta o que é seu, buscando a restauração de tudo o que eu perdi mas é meu, e eu quero de volta, sete vezes mais, em dupla honra!!!

Vez por outra eu comento com alguns amigos que a arte mais perseguida pela religião é a música. E sinceramente, não consigo entender o porquê. Música “do mundo” SEMPRE é pecado, ao passo que outras expressões artísticas são muito bem toleradas, e algumas até incentivadas.
Não se deve cantar nem ouvir música “do mundo”, mas se pode assistir novelas (teledramaturgia), que têm como trilha sonora... MÚSICAS DO MUNDO! O mesmo se aplica a filmes, peças teatrais etc, que possuem trilhas sonoras com o mesmo tipo de música.
Raramente vejo crentes serem disciplinados ou censurados por assistir seriados de terror como o THE WALKING DEAD (onde um grupo de pessoas luta contra zumbis, coisas a priori demoníacas e ligadas ao vodu e ao ocultismo), mas sempre vejo censuras e disciplinas por ouvirem músicas de bandas de rock, assistirem a shows como o Rock in Rio (embora os shows gospel sejam IDÊNTICOS a estes shows “do mundo”, completamente copiados inclusive nas coreografias, iluminação, pirotecnia...).
Ouvir música do mundo é pecado, mas ler livros do mundo não é. Ou seja, se eu ler o poema FANATISMO da poetisa Florbela Espanca é cultura, mas se eu ouvir o mesmo poema que foi musicado pelo Fagner, é PECADO! Ler um livro de sonetos do Vinicius de Moraes é sinal de superioridade literária de minha parte, mas se eu ouvir ou cantar os mesmos sonetos, muitos deles musicados pelo saudoso Poetinha e seus parceiros, é PECADO. Quem lê um livro do Carlos Drummond de Andrade e se depara com seu poema JOSÉ é um amante da boa literatura, mas quem ouve o mesmo poema na música do Paulo Diniz vai queimar no mármore do inferno!
As artes plásticas (quadros e esculturas) são toleradas (nunca vi ninguém ser censurado por ter um lindo e caro acervo nas paredes da sala de estar de suas casas).

Mas neste artigo eu quero falar sobre MÚSICA. Música gospel, a santa expressão do louvor musical e da adoração sonora a Deus, em contrapeso à música “do mundo”, diabólica e escarnecedora... Por que para muitos “crentes” só se deve ouvir música gospel, e ouvir “música do mundo” é pecado?

Algumas respostas que já escutei ou recebi de crentes gospel a esta pergunta simples... E em seguida, uma breve explicação sobre elas...

2 de jan. de 2014

Por que ainda vamos à igreja?

Um Deus de promessas e serviço é o que todos procuramos. É isso que esperamos sentados e de mãos estendidas, pedindo que algo se nos dê, que alguma coisa aconteça. Mas será que realmente cremos em Deus? Não estaríamos depositando a fé, na verdade, numa espécie de Superman? Afinal, para que nos serve esse Deus?

Volto a me perguntar: por que ainda vamos à igreja? O que procuramos nela? 

A resposta que ouço não é a mesma que vejo. Porque os nossos lábios dizem que vamos à igreja “adorar ao Senhor”, ao passo que nossas atitudes mostram que vamos massagear nosso próprio ego, pois saímos de lá tão presunçosos e cheios de si, que tornamo-nos incapazes de nos identificarmos com os pecadores, pobres e miseráveis com quem Jesus se identificou, andou, serviu, conversou, sorriu, festejou, comeu e bebeu.

Nossos lábios dizem que vamos “encontrar a Deus”, mas nossas atitudes mostram que não podemos vê-lo, porque só vemos maldade e malícia em tudo o que nos rodeia.

Nossos lábios dizem que queremos ser cidadãos dos céus, todavia nossas atitudes mostram que, cada vez mais, estamos acorrentadas às futilidades e riquezas terrenas, de maneira que fizemos delas a própria razão de nossa fé.

Nossos lábios dizem que queremos ser felizes, mas nossas atitudes mostram somente a infelicidade de apenas anestesiarmos nossas almas, já não sendo mais capazes de alcançar a felicidade de chorar com os que choram.

Nossos lábios dizem que almejamos alcançar a misericórdia divina; no entanto, nossas atitudes mostram a impossibilidade disso, pois nos afastamos dela cada vez que a negamos a quem quer que dela necessite. E a despeito de tudo isso, ainda esperamos que Deus faça alguma coisa, que nossas orações mudem tudo e todos, mas nós mesmos não mudamos.

Deus não se fez um super-herói, se fez homem. Não fez por nós as coisas que devemos fazer, mas serviu sim de exemplo para que nós o seguíssemos, tomando nossa cruz e fazendo o que está à nossa mão para fazermos. Deus também não nos deu as respostas prontas. Como fez no passado, ainda hoje faz, nos leva a olharmos para o nosso interior e buscarmos as respostas no íntimo de nosso consciente, e depois disso, assumirmos as responsabilidades que venhamos a contrair através de nossas respostas e escolhas, principalmente quando, por conta delas, necessitarmos pedir perdão.

A igreja não existe para nos conduzir a um caminho de poder, mas sim para nos fazer entender nossas fraquezas e seguirmos a trilha da humildade e compaixão; não existe para nos fazer deuses, mas sim para nos tornar mais humanos, pois é justamente na nossa humanidade que Deus é revelado, e na nossa fraqueza sua força é manifestada. Afinal, assim como por uma humilde mulher nasceu o próprio Deus, assim também, em nossa pobre humanidade o Cristo é gerado. Ao que o anjo diz: “não temas receber Maria”, direi, então: não temas receber a humanidade do ser, não temas ser humano. A igreja não existe para aliviar a nossa consciência atulhada pelo nosso descaso com as causas ambientais e sociais, mas sim para nos comprometer com a luta por um mundo melhor, sem fome e mais justo. Se algo diferente disso existe - e lamentavelmente existe - com certeza não é igreja.

A igreja não existe para guardar a sua alma, mas sim para salvar o mundo.


Por Julio Zamparetti
Fonte: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz2pFAPhzBy

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