26 de nov. de 2013

E quando Deus não atende nossas orações?


Por Maurício Zágari

O que devemos fazer quando estamos enfrentando um problema; oramos, oramos e oramos a Deus… mas não recebemos o que pedimos? Isso ocorre muitas vezes em nossa vida: simplesmente nossa oração não é atendida. A sensação que temos, nesses casos, é que Deus ou não nos ouviu ou nos virou as costas. Bem, na verdade não é isso o que ocorre. Há um acontecimento na vida de Paulo que pode nos conduzir a uma reflexão bem interessante sobre orações não atendidas.

Para pensarmos sobre essa questão, precisamos ler a famosa passagem do espinho na carne. “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos [...] foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. [...] E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.2-9).

Pense bem: o que diferencia essa experiência de Paulo da sua experiência pessoal? Vejamos: Paulo tem um problema. Você tem um problema. Paulo ora a Deus pedindo uma solução. Você ora a Deus pedindo uma solução. Paulo não vê sua oração ser respondida da primeira vez. Você não vê sua oração ser respondida da primeira vez. Paulo persiste na oração, orando uma segunda vez. Você persiste na oração, orando uma segunda vez. Paulo não é atendido. Você não é atendido. Paulo ora sem cessar, clamando uma terceira vez. Você ora sem cessar, clamando uma terceira vez. Paulo não é atendido. Você não é atendido. Tudo igualzinho, reparou? A experiência do apóstolo em nada difere da sua. Só que, no caso dele, aconteceu um fenômeno que com você não acontece. É um detalhe nessa passagem que, a meu ver, é de suma importância.

19 de nov. de 2013

A Missão de Jesus aos Perdidos


por Thomas R. Schreiner

Ao ler Lucas 15, é fácil esquecer o contexto, especialmente ao ler a parábola do filho pródigo. O capítulo começa com os fariseus e os escribas criticando Jesus por comer com publicanos e pecadores (versículos 1-2). A comunhão à mesa de Jesus com os pecadores significa o evangelho da graça. Todos aqueles que se convertem dos seus pecados e colocam sua fé em Deus desfrutarão do banquete messiânico para sempre. Jesus conta aos seus oponentes três parábolas para defender a sua comunhão à mesa com os pecadores: a parábola da ovelha perdida (versículos 3-7), a parábola da dracma perdida (versículos 8-10) e o que eu chamo de a parábola dos dois filhos perdidos (versículos 11-32). Ao abordar os fariseus e os escribas através de parábolas, Jesus lhes dá uma direção indireta. Ele não os critica diretamente por suas atitudes de justiça própria e falta de amor. Em vez disso, ele subverte o entendimento próprio deles por meio das parábolas para que compreendam o amor de Deus e vejam a si próprios no filho mais velho que crê na sua própria justiça.

A parábola da ovelha perdida relata a história do universo do homem (versículos 3-7). Se um pastor perde uma das suas cem ovelhas, ele a procura até encontrá-la. Ao encontrar a ovelha perdida, “reúne os amigos e vizinhos”, convocando-os para se alegrar com ele (versículo 6). A alegria terrena de encontrar uma ovelha perdida reflete a alegria no céu por um pecador que se arrepende. Uma vez que os fariseus e os escribas não estavam alegres, mas sim resmungando sobre a comunhão à mesa de Jesus com os pecadores, eles não estavam refletindo a atitude de Deus diante daqueles que se arrependem.

A próxima parábola aborda o mundo das mulheres (versículos 8-10). Se uma mulher perde uma de suas dez moedas de prata, ela procura diligentemente até encontrá-la. Quando a moeda é achada, ela reúne suas amigas e vizinhas para comemorar. Da mesma forma, os anjos no céu estão cheios de alegria quando um pecador se arrepende. Tanto essa parábola quanto a anterior refletem o caráter de Deus. Ele busca os pecadores, chamando-os e convidando-os a se converterem de seus pecados e viverem. Pensamos em Ezequiel 18:23: “Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? - diz o SENHOR Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?”. Da mesma forma, Romanos 10:21 diz que Deus estende as mãos para aqueles que se rebelaram contra ele, pedindo-lhes para voltar. Os fariseus e os escribas não refletem o caráter de Deus. Ao invés de desejar o arrependimento dos pecadores, eles resmungam e reclamam da conversão dos pecadores.

A última, a mais longa e a mais famosa parábola do capítulo é a parábola dos dois filhos perdidos (versículos 11-32). O filho mais novo, o filho pródigo, representa todos os pecadores. Ele não teve nenhum respeito por seu pai, pedindo sua herança mesmo antes de seu pai morrer. Sua “viagem para uma terra distante” simboliza o estilo de vida de pecadores, pois eles vagavam longe do amor de Deus. Como o filho mais novo, os pecadores perdidos de forma imprudente buscaram uma vida de perversidade. No entanto, a fome mudou tudo ao redor do filho pródigo, o que indica que os prazeres do pecado são efêmeros e temporários. O desespero tomou conta dele. Ele aceitou qualquer trabalho que pôde conseguir e trabalhou na alimentação de suínos. A comida era tão escassa que ele desejava comer o que era dado aos porcos. A ironia não passou despercebida para os ouvintes de Jesus. Os porcos eram animais considerados imundos e, ainda assim, o homem foi forçado a trabalhar entre eles, e chegou ao nível mais baixo, pois ele daria qualquer coisa para ter a comida daqueles porcos. Trabalhar entre os porcos imundos também reflete a vida das pessoas designadas como pecadores pelos fariseus. Eles eram impuros e contaminados, uma vez que violaram a Torá – a lei de Moisés – e não seguiam as normas de pureza.

Lições da Igreja perseguida


“Quando Deus for a única coisa que você tem, aprenderá que Deus é tudo que você precisa”.



por Jarbas Aragão

Recentemente, o pastor Eric Foley, fundador da missão Seoul USA, ganhou espaço na mídia ao mostrar seu trabalho deevangelização com balões que levam Bíblias até a Coreia do Norte. Os relatos de 80 cristãos executados apenas por possuírem um exemplar da Bíblia em casa ajudaram a chamar atenção mais uma vez para a situação da igreja norte-coreana.

Chamada de subterrânea, pois sua existência é proibida pelo governo, seus membros não podem se identificar. Foley contou à revista World deste mês que ao conversar com membros da igreja em uma de suas viagens ele sempre aprende algo. Após perguntar a um desses cristãos como poderia orar por eles, a resposta foi inesperada. “Você quer interceder por nós? Nós é que oramos por você, pois… suas igrejas acreditam que os desafios da fé cristã são resolvidos com dinheiro, liberdade e política. Quando Deus for a única coisa que você tem, aprenderá que Deus é tudo que você precisa”.

Como existe uma política de tolerância zero para o cristianismo, os fieis norte-coreanos precisam sempre ter cuidado em falar sobre a sua fé em público. Muitos deles não revelam a sua crença nem aos seus cônjuges antes do casamento. Como os professores são treinados para extrair todo tipo de informações dos alunos, os pais não podem falar abertamente sobre Jesus com seus filhos em idade escolar.

Foley conta que muitas vezes os filhos de famílias cristãs sequer percebem que eles estão em uma reunião da igreja subterrânea. Por exemplo, um homem lhe contou que toda semana participava de uma reunião de família onde seu avô repetia sempre os mesmos conselhos para a vida. Somente anos depois ele descobriu que as palavras do avô eram uma versão dos Dez Mandamentos.

“Os cristãos norte-coreanos são muito cuidadosos em passar as histórias da Bíblia para os seus familiares e amigos. Muitas delas são recriadas para que não sejam reconhecidas como bíblicas, mas sem perder seu sentido original”, conta. Ele enfatiza que para cantar músicas de louvor ou fazer orações os cristãos não se reúnem em um local, mas fazem isso em tom baixo enquanto andam pelas ruas de cidade.

Desde o final da Segunda Guerra, com a divisão das Coreias, a do Norte ficou sob o regime comunista. Os cristãos que já eram minoria, passaram a ser severamente perseguidos. Como não podiam existir escolas bíblicas nem seminários, os líderes criaram uma maneira de discipular as pessoas usando quatro pilares fundamentais do Cristianismo. De maneira simples, estabeleceram que teologia seria ensinada pelo Credo dos Apóstolos; a oração através o Pai Nosso; ética através dos Dez Mandamentos, e adoração através da Ceia do Senhor. São esses elementos que mantiveram as igrejas subterrâneas norte-coreanas até hoje.

Sobre os terríveis campos de concentração para onde os cristãos são enviados, os membros da igreja disseram os veem como apenas mais um campo missionário. As autoridades norte-coreanas precisam separar os cristãos de outros prisioneiros porque ali eles podem compartilhar o evangelho sem se preocupar com as consequências. E ocorrem muitas conversões, o que preocupa as autoridades.

“A vida de fé norte-coreana é construída sobre a convicção quer serão sempre fieis para realizar a obra que Deus lhes deu, mesmo diante de todo tipo de oposição. Por isso, ficam surpresos e tristes quando escutam falar de países onde a fé é muito diferente da sua”, desabafa Foley.

A Seul EUA estima que existem aproximadamente 100 mil cristãos na Coreia do Norte, cerca de um terço deles em campos de concentração. Uma das ênfases da missão é treinar desertores norte-coreanos para que possam ser missionários para seu próprio povo assim que o país abrir novamente. Enquanto isso, usam programas de rádio para ajudar no discipulado dos irmãos que vivem ao norte da fronteira. Com informações Religion Today.

É pecado julgar?


L. Rogério

Existe um discurso politicamente correto que flui honrosamente da boca daqueles que geralmente odeiam a confrontação: "Vou à igreja, assisto o 'meu' culto, volto pra casa e não falo mal da vida de ninguém. Acho que se cada um cuidasse de sua própria vida e deixasse esse negócio de criticar o que é dito na igreja, nós teríamos uma igreja bem melhor."

Gente assim, dificilmente tem um senso crítico a respeito de sua fé. Não sabe porque crê. Não sabe no que crê. Contenta-se com uma fé cega, surda e muda. Afinal, dizem os tais, ai daquele que tocar nos ungidos do Senhor. Esquecem-se porém, que, diferente do Antigo Testamento, todos fomos ungidos na Nova Aliança: "Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento (...). Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês (...)" I Jo. 2.20,27

Estamos testemunhando um tempo histórico, onde os crentes seguem à risca tudo aquilo que lhes é dito a partir de um púlpito, sem titubear (claro, desde que isso não conflite com todas as bênçãos que Ele tem guardado em sua cartola mágica). Não sei o que é pior, vender aos crentes a bênção em forma de amuletos dos mais esdrúxulos, ou pior: comprá-la!

Será que ainda existem crentes que não entenderam que o que Jesus condenou foi o julgamento hipócrita, e não o julgar em si (Mt. 7.1-6)? Será que nunca estaremos prontos para tirar o cisco do olho de nosso irmão? Será que Jesus não foi o suficientemente claro ao dizer que depois de tirarmos a viga de nossos olhos estaríamos aptos para exercer o julgamento? Ouso propor uma resposta: o descaso do povo para com a Palavra continuará sustentando muitas mentiras, heresias e agressões à alma.

Ah... que falta fazem os bereanos! O livro de Atos não poupa elogios quando diz que eles "eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo." (At. 17.11)

Jesus disse: "Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos!" (Jo. 7.24). Disse também: "Por que vocês não julgam por si mesmos o que é justo?" (Lc. 12.57). O Apóstolo Paulo também não deixou margem para dúvidas quando disse: "Estou falando a pessoas sensatas; julguem vocês mesmos o que estou dizendo." (I Co. 10.15).

Há ainda aqueles mais pacificadores que, mansamente, nos lembram: "...ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom!" (I Te. 5.21). O problema nesse caso é, como diria meu professor Franco Júnior: "O que é bom?". Afinal, como já disse aqui, o ruim não é receber e-mails criticando meus posicionamentos, o ruim é receber respostas baseadas na achologia. E convenhamos: esse é o parâmetro utilizado pela maioria dos crentes hoje em dia. Não! Mil vezes não! A Bíblia é o nosso referencial.

E mais: não me importa quantos milhões de CDs vendeu o camarada que inventou a fábula de um Zaqueu que consegue chamar a atenção de Jesus - a Bíblia não diz isso. Não me importa o brilho reluzente do troféu da moça que quer te colocar no palco e humilhar os seus irmãos, a Bíblia não diz que será assim. Também pouco me importa se hoje é 9/9/2009 ou 10/10/2010, a sua bênção não custa R$ 900,00, nem custará R$ 10.000,00 no ano que vem, a Bíblia não respalda isso. Por fim, não me importa quem "profetizou", nenhuma arca vai proteger a minha casa, mesmo com anjinho e tudo. A Bíblia diz que "...se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda." (Sl. 127.1)

Que Deus levante mais bereanos. Gente que duvida, que critica, que denuncia. Gente que pinta a cara, mas não é palhaço! Homens e mulheres que não tenham medo da verdade, custe o que custar. Só assim a igreja evangélica brasileira voltará ao caminho da verdade, afinal, para esse, não há atalhos. Deus nos guarde dos lobos!


Fonte: Genizah

O Cristo da nossa fantasia


Hermes C Fernandes

Uma das passagens mais misteriosas do Novo Testamento é a que narra o encontro entre Jesus e dois dos Seus discípulos no caminho de Emaús. O que chama mais a atenção neste episódio é o fato de eles não O reconhecerem de primeira mão. O que os impediu, afinal? Ainda que fossem discípulos novatos, provavelmente já haviam estado com Ele o suficiente para reconhecê-lo. Em vez disso, travaram um diálogo onde demonstraram o quão frustrados estavam pelo fim fatídico que havia tido o seu mestre três dias antes.

Jesus se aproxima como se fosse um peregrino qualquer. Propositadamente, não se apresenta. Apenas pergunta do que se lamentavam. Eles o respondem grosseiramente: “És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias” (Lc. 24:18)?

O texto diz que eles estavam como que com os olhos vendados, de sorte que não pudessem identificar o próprio mestre. Como explicar isso?

Certamente, o que os mantinha neste estado era a própria fantasia que haviam construído acerca de Jesus. Eles mesmos confessam: “...esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram” (v 21).

Antes de condená-los, devemos considerar que esta era a mesma expectativa fantasiosa dos demais discípulos. Portanto, não era a Cristo que seguiam, mas a uma projeção de suas angústias e anseios. Para eles, Jesus deveria ser o estadista que comandaria a rebelião que tiraria Israel de sob o domínio romano e restauraria a sua soberania como nação. Há quem acredite que a intenção de Judas ao entregá-lo às autoridades era que Ele se revelasse e promovesse um levante contra Roma. O tiro parecia ter saído pela culatra. Suas fantasias desvaneceram. Nada do que sonharam ocorreu.

Deus não tem compromisso com nossas agendas particulares. Ele tem Sua própria agenda. Seus caminhos não são os nossos caminhos, nem seus pensamentos coincidem com os nossos. Que Ele é fiel, ninguém duvida. Mas fiel a quê? Fiel aos Seus propósitos e não aos nossos caprichos.

Semelhante àqueles discípulos, muitos em nossos dias estão seguindo a uma projeção a quem identificam como Cristo. Confundem a proposta do evangelho com ideologias políticas, e o reino de Deus com projetos de poder. Por isso, não reconhecem Cristo onde verdadeiramente Ele Se manifesta. Outros confundem Cristo com um gênio da lâmpada, cobrando d'Ele promessas que jamais fez.

Não percam seu tempo buscando-o nos credos e confissões. Tampouco nas estruturas denominacionais rígidas e cheirando a mofo. Ele é encontrado no caminho, no chão empoeirado da existência.

Percebendo a ignorância daqueles discípulos, pacientemente começou a abrir-lhes as escrituras, apontando os trechos que afirmavam tudo o que Ele teria que passar. Ainda assim, apesar de seus corações arderem ante a exposição da Palavra, seus olhos se mantinham cerrados.

Conhecimento das Escrituras não garante que nossos olhos espirituais estejam abertos. Decorar versículos não evidencia intimidade com o Deus revelado na Palavra.

Quando já estavam chegando à sua casa, Jesus fez como quem prosseguiria viagem. Eles, porém, insistiram para que ficasse com eles aquela noite.

Quando estavam à mesa para a refeição, Jesus tomou o pão e repartiu-o com eles. Seus olhos, então, se abriram. Mas, subitamente, Ele desapareceu diante deles.

Ora, se Jesus houvesse feito algo sobrenatural diante deles enquanto caminhavam, eles certamente O teriam reconhecido. Em vez disso, Jesus preferiu expor-lhes as Escrituras. Ele só fez algo miraculoso depois de O terem reconhecido. Imagine o susto que levaram quando Ele simplesmente desapareceu ante seus olhos!

Nenhum dos milagres feitos por Jesus tinha a intenção de provar quem Ele era. O que o movia a realizá-los era a compaixão. Penso que Ele não mudou Seu jeito de ser. Não consigo imaginar Jesus fazendo sensacionalismo em cima dos milagres como vejo alguns de Seus supostos representantes fazerem hoje na TV. Pelo contrário. Ninguém era tão discreto quanto Ele, a ponto de pedir que os curados não espalhassem o que lhes sucedera.

O mundo não reconhecerá a presença de Cristo entre nós através de nossas performances circenses. Ele O reconhecerá em nós da mesma maneira como aqueles dois O reconheceram à mesa: no partir do pão.

Um pequeno gesto de amor pode fazer cair muitas vendas. Quando os cristãos se dispuserem a repartir o que têm recebido, todos saberão que Ele está entre nós, tão vivo quanto naquele dia em que ressuscitará dentre os mortos.



Fonte: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz2l6IzrdTA

4 de nov. de 2013

John Harper, sacrificou-se para evangelizar no TITANIC


No dia 10 de abril de 1912, o navio Titanic partiu de Southampton, no Reino Unido, para sua viagem inaugural, que seria também sua última viagem. Porém, quarto dias após iniciar sua viagem, o navio se chocou em um iceberg e naufragou, entrando de maneira triste na história como a maior catástrofe marítima de todos os tempos ceifando a vida de 1.517 pessoas.

Entre as milhares de pessoas que perderam suas vidas no trágico acidente está o reverendo John Harper, que viajava para fazer uma visita e pregar na Moody Church em Chicago. Porém, devido ao trágico fim da viagem inaugural do Titanic, Harper nunca chegou ao seu destino, mas teve os momentos finais do navio como seu último campo missionário.

John Harper nasceu em uma família de cristãos devotos em 29 de maio de 1872, em Renfrewshire, na Escócia. Aos 13 anos professou a fé em Cristo e começou a se dedicar às Escrituras com um zelo pelas almas era tão intenso que aos 17 anos já estava pregando nas esquinas de sua cidade natal, enquanto se sustentava trabalhando em uma fábrica local. Depois de pregar na rua por cinco ou seis anos, ele foi ouvido pelo Rev. EA Carter da Missão Batista Pioneira em Londres, que o convidou a trabalhar em temo integral em Goven, na Escócia.

Na época de sua viagem a Chicago, Harper havia decidido reservar passagens no navio RMS Lusitania, mas, com o cancelamento da viagem desse navio reservou passagens de segunda classe no próximo navio que partiria para os Estados unidos. Então, em 10 de abril de 1912, ele embarcou no RMS Titanic junto à sua filha de 6 anos, Annie Jessie, e sua sobrinha, Jessie Wills Leitch.

Então, na noite do dia 14 de abril, o rev. Harper foi despertado pelo som do iceberg rasgando o casco do navio. Ele acordou sua filha, envolveu-a em um cobertor e, quando se tornou evidente que o navio afundaria, com lágrimas nos olhos, ele beijou sua filha, e a entregou junto de sua sobrinha a um tripulante que as colocou em um bote salva-vidas.

Como Annie e Jessie entraram no bote salva-vidas e estavam em segurança, Harper virou-se e olhou para o seu novo campo de missão: o grande número de pessoas que teriam poucos momentos de vida por causa do naufrágio. Testemunhas relatam que após o navio se partir e cerca de 1500 pessoas serem lançadas às águas geladas do mar, o rev. Harper passou seus últimos momentos nadando de pessoa para pessoa perguntando sobre o estado de suas almas e proclamando a verdade do evangelho, especialmente por meio de Atos 16:31.

Harper nadou até um homem que estava agarrado a um pedaço dos destroços e lhe perguntou: “Você está salvo?” O homem respondeu que não. Ao ouvir isso, Rev. Harper tentou levar o homem a Cristo, mas o homem recusou. Rev. Harper tirou o colete salva-vidas e deu para o homem e disse: “Aqui, então, você precisa disso mais do que eu …”, e nadou para evangelizar os outros. Um pouco mais tarde, Harper voltou a esse homem e tentou novamente o conduzir a Cristo. Rev. Harper tentou nadar para os outros, mas dessa vez começou a sucumbir à hipotermia. Suas últimas palavras foram: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa”.

A história do reverendo John Harper só se tornou conhecida porque esse homem para o qual entregou seu colete foi um dos seis sobreviventes que foram retirados das águas geladas. Ele conta, segundo o site leben: “Então, com dois quilômetros de água abaixo de mim, no meu desespero eu chorei a Cristo para me salvar. … Eu sou o último convertido de John Harper”.

Fonte:http://noticias.gospelmais.com.br/pastor-sacrificou-evangelizar-durante-naufragio-titanic-62114.html

Os Jovens Moravianos


Os Moravianos foram os primeiros protestantes a colocar em prática a idéia de que a evangelizacão dos perdidos é dever de toda a igreja, e não somente de uma sociedade ou de alguns indivíduos.

Paul Pierson, missiólogo, escreveu: “Os Moravianos se envolveram com o mundo das missões como uma igreja, isto é, toda a igreja se tornou uma sociedade missionária”. Devido ao seu profundo envolvimento, esse pequeno grupo ofereceu mais da metade dos missionários Protestantes que deixaram a Europa em todo o século XVIII.

Devido os Moravianos terem sido pessoas sofredoras, podiam facilmente se identificar com aqueles que sofriam. Eles iam àqueles que eram rejeitados por outros. Dificilmente qualquer missionário seria mandado para a costa leste de Honduras ou Nicarágua. Essas partes da América Central eram inóspitas. Lá, contudo, estavam os Moravianos. Isso era característico da vocação missionária deles; eles se dirigiam a pessoas receptivas. Devido ao fato de os Moravianos crerem ser o Espírito Santo o “Missionário” primário, aconselhavam seus missionários a “procurarem as primícias, procurarem aquelas pessoas que o Espírito Santo já havia preparado, e trazer-lhes as boas novas”. Eles colocavam o crescimento do reino de Cristo acima de uma expansão denominacional. A obra missionária Moraviana era regada de oração. No ano de 1727, em Herrnhut na Alemanha , ocorreu um grande avivamento espiritual, os Moravianos começaram uma vigília de virada de relógio, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Nesse período o livro devocional conhecido como Lemas Diários, que ainda tem sido publicado pela Igreja Moraviana, era o devocional mais amplamente usado entre os cristãos europeus. O ministério Moraviano era fortemente regado por oração.


Os Dois Jovens Moravianos

Durante esse período dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia cujo dono era um britânico agricultor e ateu, este tinha tomado das florestas da África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos, essas pessoas iriam viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo.

Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: “Nenhum pregador e nenhum clérigo chegaria a esta ilha para falar sobre esta coisa sem sentido". Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: "E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?", o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda pelo custo de sua viagem.

No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram, e suas últimas palavras ouvidas foram:
"QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SOFRIMENTO".



Canção "Que o Cordeiro Receba" 
Do Ministério Clamor pelas Nações cantada por Nívea Soares

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