30 de out. de 2013

Eles não querem um pastor, querem um escravo!


Por Renato Vargens

Tem gente que acha que pastor deve ser sisudo, cara amarrada, que não pode se divertir, brincar com os filhos, rir da vida, assistir um bom filme, tirar férias, contar piadas, ouvir música, viajar com a esposa, gargalhar, jogar bola, e outras coisas mais. Para estes, o pastor deveria ser um cara sem sorrisos, sem alegria, um tipo de escravo da Igreja e deles mesmos, prontos para atende-los como servos subservientes, sem direito contudo a fazer da vida uma grande celebração. Pois é, faço minhas as palavras do querido Luiz Sayao, Se por um lado alguns muçulmanos são Chiitas, por outro, alguns crentes são chaatos. Um bom dia todos!

Outro dia eu escrevi um texto sobre férias pastorais (leia aqui) e por mais incrível que possa parecer um número significativo de pessoas reclamaram considerando um verdadeiro absurdo o pastor tirar férias.

Houve alguns que disseram: "Férias pastorais? Ora, o diabo e os seus demônios não tiram férias e o pastor quer tirar?" Sou contra, bradou o fariseu da modernidade.


Noutra ocasião, um pastor amigo compartilhou que um dos diáconos de sua igreja disse: "Pastor, vamos aproveitar que o senhor está de férias e fazer uma visitinha?"


Caro leitor, lamentavelmente alguns dos evangélicos querem um escravo e não um pastor. Mesmo porque, este tipo de gente acredita que o pastor tem que trabalhar o tempo todo sem direito a descanso, feriados ou lazer. Para os "workaholics" da fé, o pastor deve gastar todo o seu vigor visitando velhinhas ao final da tarde, paparicando marmanjos esquizofrênicos, além é claro de esmerar-se cotidianamente a resolver os problemas dos outros.

Esses hipócritas não vivem sem descanso, mas acham um absurdo com que os pastores dediquem parte do seu tempo as suas esposas e filhos num justo e merecido período de férias.

Infelizmente em virtude da pressão dessa corja religiosa não são poucos os pastores que perderam seus casamentos e filhos. O número de adolescentes desviados é assustador! Eu tenho um amigo pastor que perdeu o filho para o álcool, simplesmente pelo fato de ter dedicado todo o seu tempo a igreja, abandonando na esquina do esquecimento a família.

Prezado amigo, por favor responda sinceramente: O que adianta o homem ganhar o mundo e perder os de sua casa? Lamento lhe informar que se você é daqueles que pensa que o pastor não deve tirar férias precisa urgentemente rever seus valores.

Como já afirmei anteriormente as férias pastorais são motivos de bênçãos para o ministro e para a igreja. Sim! Isso mesmo! Para o pastor, que tem a oportunidade de renovar as suas baterias, além obviamente de investir INTEGRALMENTE na sua relação familiar. E para a igreja, que ao receber o pastor de volta o tem com gás novo pronto para um novo ano que se inicia.

Igrejas que incentivam os seus pastores a gozar de férias demonstram amor e consideração por aquele que com dedicação e esmero tem se doado a favor do reino.

Pense nisso!


Fonte: http://renatovargens.blogspot.com.br/2012/09/eles-nao-querem-um-pastor-querem-um.html

26 de out. de 2013

Talmidim


TALMIDIM
(s.m.pls. = aprendizes, discípulos)

   A mera tradução da palavra TALMIDIM (talmid, s.) não é suficiente para esclarecer sua relevância nos dias de hoje.
   Precisamos conhecer sua história e seu contexto mais remoto para sabermos exatamente o que ela significa.
   Na Galiléia do tempo de Jesus, os meninos em Israel iniciavam seus estudos da Torah aos 6 anos de idade. Aos 10 anos já tinham a Torah decorada.
   O ensino era geralmente oferecido por um rabino nas sinagogas.
A partir dos 10 anos de idade, quando encerravam os estudos na escola primária (Beit Sefer) apenas os melhores e mais destacados alunos eram selecionados para a escola secundária (Beit Talmud).
   Os meninos que não prosseguiam os estudos eram ensinados na profissão da família.
   Os que haviam sido selecionados para dar seguimento aos seus estudos, aos 14 anos já sabiam de cor todas as Escrituras: além da Torah (a Lei de Moisés, composta pelos cinco primeiros livros da Bíblia, chamados de Pentateuco), também os livros históricos, de sabedoria e todos os profetas.
   Com essa idade eram também iniciados na tradição oral, a sabedoria dos rabinos acumulada ao longo da história de Israel, e passavam a discutir as interpretações e aplocações da Lei de Moisés.
   Aos 14 e 15 anos, somente os melhores entre os melhores estavam estudando, geralmente aos pés de um rabino famoso e respeitado.
   Esses pouquíssimos meninos da elite intelectual de Israel eram chamados talmidim (trad. discípulos).
  Os rabinos daquela época se distinguiam na maneira de interpretar e ensinar como aplicar a Lei de Moisés.
   Cada rabino possui seu conjunto de regras e interpretações. Por exemplo, discutiam o que poderia ou não ser feito para guardar o shabat.
  Esse conjunto de regras e interpretações era chamado de “o jugo do rabino”. Hillel e Shamai, por exemplo, eram dois rabinos famosos no tempo de Jesus.
   Cada um deles tinha seus talmidim, e muitos seguidores que se colocavam sob seu jugo.
   A relação entre um rabino e seus talmidim era intensa e pessoal.
   Em Israel havia uma recomendação aos talmidim: “Cubra-se com a poeira dos pés do seu Rabi”.
Isso significava que um talmid deveria observar tudo quanto seu rabino dizia, fazia e a maneira como vivia, pois sua grande ambição não era meramente saber o que seu rabino sabia, mas principalmente se tornar semelhante ao seu rabino.
   A relação rabino-talmid era intensa e pessoal, e enquanto o rabino ensinava sua interpretação da Lei e vivia como modelo aos olhos de seus talmidim, cadatalmid fazia todo o possível para em tudo imitar seu rabino de tal maneira a que se tornasse igual a ele.
   O conceito de talmidim é um dos mais fundamentais do Novo Testamento.
   Jesus, o Cristo de Deus, escolheu o sistema rabino/talmid para se relacionar com os seus seguidores.
   Assim como os rabinos de sua época, Jesus também chamou seus talmidim.
   Com duas diferenças.
   A primeira é que Jesus criticou os rabinos seus contemporâneos,afirmando que colocavam um jugo pesado demais sobre seus seguidores, e que eles mesmos não conseguiam suportar.
   Eram rabinos do tipo “faça o que digo, mas não faça o que eu faço”.
   Jesus, além de viver de modo absolutamente coerente com seu ensino, oferece descanso aos talmidim dos outros rabinos, que viviam cansados e sobrecarregados, e promete aos seus talmidim “um jugo suave e um fardo leve”.
   A segunda diferença é que os talmidim em Israel eram meninos extraordinários, uma elite intelectual e privilegiada.
   Mas Jesus convida a todos, indistintamente, para que se tornam seus talmidim.
   Pessoas comuns, como você e eu, podem seguir a Jesus e viver sob a promessa de que um dia se tornarão exatemente iguais a ele.
   Jesus ensinou aos seus discípulos em três anos de intensa convivência.
   Convido você a colocar o pé na estrada e me acompanhar nessa aventura de seguir a Jesus como seus talmidim.

19 de out. de 2013

Brian Head, publica uma carta para ele mesmo


Essa semana vai rolar o Monster Of Rock aqui no Brasil e bandas como Aerosmith,Whitesnake, Slipknot e Korn vão tocar. E por coincidencia o guitarrista do Korn, Brian “Head” Welch está lançando um disco do seu projeto paralelo, o Love and Death e junto com esse lançamento publicou a carta que voce lê abaixo:

"Hey pequeno B,

Isso pode doer um pouco, mas você precisa ouvir isso, então prepare-se. Você vai crescer e ser um cara complicado! Em uma mão você vai ser extremamente feliz e extremamente depressivo na outra. Vai ser uma constante guerra entre os dois extremos até o dia que você vai descobrir a pessoa que você nasceu pra ser.

No futuro, você vai receber dois copos. No primeiro copo, a bebida vai ser bem doce, você vai ter tudo o que você quer e ainda mais. Todos os seus sonhos vão se realizar. Você vai ser feliz e bobo fazendo as pessoas rirem muito. Você vai amar a vida e querer saber como e por que todo esse sucesso esta acontecendo com você. Uma detestável garota punk rock entrará na sua vida e você vai ama-la e vai começar uma familia com ela. Dinheiro não será uma preocupação, porque você vai vender milhões e milhões de álbuns. As vezes você vai estar por ai com alguns dos músicos mais famosos de todos os tempos - de Madonna, a Paul McCartney, de Eminem, a Metallica. Mas lembre-se, esse será o copo doce, mas vai ter o outro copo que você vai beber.

No segundo copo, a bebida vai ser azeda e amarga. Você vai se tornar alguem que odeia. Você vai encontrar tentações e não vai ter forças para supera-las. Você vai cair em um poço de desespero e não vai ser capaz de sair com seus próprios esforços. Você vai desejar morrer, mas vai ser muito medroso para realmente tirar sua própria vida. Você vai ficar cabisbaixo quando se tornar nada mais do que um viciado em drogas. Você vai de uma droga pra outra, viciado e servindo as drogas como se fossem seus mestres. Você vai abusar de si mesmo, de quem você ama e entrara em um auto-ódio que você não desejaria nem a seu pior inimigo. Você vai ser rico, mas seu dinheiro não será capaz de te ajudar. Você vai estar cansado, confuso e completamente perdido, no fim da linha e sem esperança. Mas subitamente, como um caminhão na estrada bate em um inseto no para-brisa - tudo na sua vida irá mudar em um piscar de olhos.



O amor vai acordar o seu coração pela primeira vez. Não um amor que enfraquece como o amor de relacionamentos que você vai arruinar durante toda a sua vida. É um amor que não morre. A pessoa que dá esse amor é motivo de piada para a maioria das pessoas. Eles o comparam com o Papai Noel, a fada do dente, mas você vai conhece-lo como seu TUDO. Ele não é apenas um homem, mas todas as características masculinas e femininas vem dele. Chamando essa pessoa de “ele” é apenas um termo humano porque esta pessoa é Deus, que é TUDO.

Muitas pessoas vão zoar isso, mas você não vai se importar, porque pela primeira vez em sua vida, seu coração vai estar vivo e ao contrário de todos os outros amores, esse amor nunca vai se apagar. Ele vai se manter crescendo e crescendo até o dia que você andará através do véu da vida real, como um ser espiritual - como os anjos. Você vai um dia achar o caminho para equilibrar o pateta comediante bobo que você é. As pessoas vão começar a te instigar de novo, mas você vai sempre segurar esse segredo no seu coração como o maior tesouro da sua vida. Tudo vai fluir desse tesouro de dentro de voce: amor, musica, relacionamentos, perseverança, paz, riso, força, bobeiras e todas as outras coisas na vida.

Agüente firme, pequeno B. Você tem que caminhar essa estrada pra encontrar o que muitos nunca vão experimentar, que é isso: Cristo vai realmente estar em você e você vai se tornar um com Deus e experimentar essa incrível realidade constante. Sua vida vai ser louca, yo!

10-4, boa garoto!”

Fonte: 
http://manifesteblog.tumblr.com/post/64423619997/brian-head-publica-uma-carta-para-ele-mesmo

11 de out. de 2013

Vídeo: Jesus "tatuador"


Segundo a Bíblia, Jesus veio ao mundo para mudar o coração das pessoas, não sua pele. Uma campanha divulgada na internet decidiu dar uma perspectiva diferente à história milenar com elementos modernos. O foco é o público jovem, embora não se restrinja a eles.

O site jesustattoo.org colocou alguns outdoors em cidades do Texas apresentando a imagem de um Jesus com uma coroa de espinhos, mas o diferencial é que sua pele mostra tatuagens com as palavras “excluído”, “viciado”, “invejoso”, “infiel”, entre outros adjetivos que dificilmente seriam associado a ele.

Ao visitar o site, é possível ver um vídeo no qual um tatuador que lembra a imagem clássica de Jesus vai para o trabalho em um porão/estúdio. Ali, recebe diferentes pessoas que revelam com clara vergonha suas tatuagens escondidas. São palavras como “deprimido”, “viciada”, “inútil” e “excluído”.

O “Jesus tatuador” começa a trabalhar, substituindo todas pelo seu oposto. “Deprimido” se torna “contentamento”, por exemplo. As pessoas deixam mais leve, mais feliz, mais incentivado. No final, Jesus mostrar cansaço, baixa a cabeça aparentando suportar uma carga emocional pesada. A cena final pode chocar muitas pessoas, mas trás a mensagem que revela a verdadeira mensagem do filme.

Assista abaixo legendado:



No jesustattoo.org há uma mensagem: “Nós somos uma igreja. Não estamos vendendo nada… Encorajamos que você divulgue isso para tantas pessoas quanto puder”. Também apresenta perguntas para “reflexão”: “Quem é ele? Quem sou eu? Quem é o meu próximo?” Há testemunhos em vídeo de outras pessoas cujas vidas foram mudadas por Jesus. Também oferece um formulário que o visitante pode preencher, dando seus contatos por e-mail ou telefone. Existe a promessa que os interessados serão contatados para “saber mais”.

O site Bible Portal afirma que a iniciativa tem sido aprovada pelos pastores do Texas, até agora o único lugar onde os outdoors foram colocados. Também revela que não conseguiu contatar os idealizadores da campanha, que aparentemente preferem não se identificar. Com informações de Christian Post.

Francamente... Que papelão, Jesus!


Hermes C.Fernandes

“Diga-me com quem andas e direi quem és.” Se quisermos aplicar esta máxima a Jesus, ficaremos desapontados. O Mestre Galileu costumava andar muito mal acompanhado.

Em uma de Suas andanças, Ele encontrou um publicano chamado Levi, também conhecido como Mateus. Sem a menor cerimônia, Jesus o convida para ser Seu seguidor.

Os publicanos eram considerados uma ‘raça maldita’, traidores da pátria, gente vendida ao império, que se prestava a extorquir seus patrícios para atender aos interesses de Roma. Jesus não o encontrou num ambiente amistoso, mas no lugar onde acontecia a cobrança dos impostos. Mesmo que Mateus não fosse desonesto como Zaqueu, não pegava bem para Jesus ficar de papo com gente de sua laia.

Além de atender de pronto ao convite de Jesus, Mateus revolveu comemorar em grande estilo, promovendo um grande banquete em sua casa. Que tipo de gente aceitaria participar de uma festa na casa de um publicano? Ninguém esperaria encontrar ali um sacerdote, um rabino ou qualquer outra pessoa de reputação ilibada. Os publicanos eram judeus que viviam como romanos. Não muito raro seus banquetes se tornavam orgias parecidas com os bacanais romanos. Definitivamente, aquele não era um ambiente para alguém como Jesus.

No mínimo, era de se esperar que Jesus desse um puxão de orelha em Mateus por querer celebrar sua chamada de maneira tão pagã. Seria como alguém acabar de se converter e ir para um bar celebrar com os amigos e ainda chamar o pastor.

Não duvido que alguns dos Seus discípulos apostassem que Jesus chegaria lá virando as mesas de perna para o ar (Mas isso Ele deixaria para fazer num outro ambiente, considerado sagrado para os judeus).

O que esperar de um rabino judeu que transforma água em vinho só para impedir que a festa termine antes da hora?

Chegando à casa do publicano, uma multidão O aguardava. Gargalhadas estridentes eram ouvidas por toda a casa. Música alta. Danças extravagantes. Mulheres despudoradas. Definitivamente, o ambiente não era nada familiar.

Os discípulos se sentem constrangidos. Estão mais preocupados com a reputação do Mestre do que com a receptividade com que foram acolhidos. Eles não dão conta de conciliar o que veem com o salmo primeiro.

Sem parecer preocupado, Jesus toma lugar à mesa. Para o desconforto dos discípulos, Ele parece bem à vontade. Em momento algum lança olhares condenatórios sobre aquelas pessoas.

- O que é que estamos fazendo aqui? Indaga um deles. - Preciso tomar um ar lá fora! Esse ambiente impregnado de pecado está me sufocando.

Lá fora, alguns escribas e fariseus, a nata religiosa da sociedade, se aproxima de alguns discípulos e questionam:

- O que deu em vocês? Como têm coragem de acompanhar seu Mestre num banquete com gente desse tipo?

Jesus resolve dar um pulinho lá fora para checar a razão de terem se ausentado da festa. Ao flagrar os religiosos pressionando Seus discípulos, Jesus já chega respondendo:

- Quem precisa de médico não são os sãos, mas os enfermos. Não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento.

Não há qualquer registro que naquela noite Jesus tenha interrompido a festa para pregar um sermão evangelístico. O importante era infiltrar-se ali, conquistar a confiança daquela gente, e, numa ocasião oportuna falar-lhe do reino de Deus. Por enquanto, Sua presença ali já era a mensagem.

O papo poderia ter terminado ali mesmo. Mas os religiosos não se deram por satisfeitos. Eles teriam que dar uma saia justa no Filho de Deus. O xeque-mate viria depois.

- Já que o Senhor está aqui, responda: Por que os discípulos do Seu primo João jejuam tantas vezes, enquanto os Seus só fazem comer e beber?

A estratégia era tentar extrair de Jesus uma crítica ao Seu predecessor e assim, expor Sua suposta contradição.

Imagino Jesus fazendo sinal com a mão para que guardassem Seu lugar à mesa, virando-se para os religiosos e respondendo:

- Como eles poderiam jejuar enquanto estou com eles? Que razão teriam para se lamentar? Por enquanto, só há motivo para festejar. Mas quando eu for tirado por alguns dias, eles terão motivo para jejuar. Querem mesmo saber? Ninguém tira um retalho de roupa nova para costurar numa roupa velha, pois, além de não combinar, o remendo acabará se rompendo. O tecido novo não tem a consistência do velho. E mais: Ninguém coloca vinho novo em odres velhos. O frescor do vinho novo romperá a estrutura dos odres velhos, e o vinho acabará sendo desperdiçado. Não adianta tentar explicar nada disso a vocês. Não vou perder meu tempo com quem não quer o novo, mas se contenta com o vinho velho e ainda tem coragem de dizer que ele é melhor. Com licença.

Deu meia volta e retomou Seu lugar à mesa.

Dias depois, Jesus se vê novamente assediado por religiosos. De saco cheio de suas insinuações, Jesus resolve dar-lhes uma resposta que expusesse sua hipocrisia:

- Sabem com quem esta geração se parece? Com meninos reclamando uns com os outros na praça: - Por que tocamos músicas animadas e ninguém dançou? E quando tocamos músicas tristes, ninguém chorou? Esta é uma geração que não sabe dançar conforme a música. Chora quando deveria se alegrar e se alegra quando deveria lamentar. Quando veio João Batista, que tinha um estilo de vida austero, não comia pão nem bebia vinho, vocês diziam que ele era um excêntrico endemoninhado. Quando chega a minha vez, só porque como e bebo na companhia de gente de reputação duvidosa, vocês me chamam de comilão e beberrão. Não vou ficar me explicando... vou deixar que os meus frutos falem por mim.

No calor da discussão, um fariseu resolve convidar Jesus a visitar sua casa. Talvez sua intenção fosse mostrar a Jesus a diferença entre aquele ambiente permissivo e o ambiente da casa de um homem temente a Deus.

O contraste era nítido. Formalidade. Etiqueta. Reverência. Nada de música alta, gargalhadas, danças. O olhar do fariseu parecia dizer: - Tá vendo aí, Jesus? Este é o tipo de ambiente que o senhor deveria frequentar.

De repente, uma mulher invade o recinto. Pelas roupas, dava para ver que não era uma dama da sociedade, mas uma dama da noite. Talvez uma daquelas que estiveram com Jesus na casa do publicano.

A presença dela incomoda a todos, principalmente o anfitrião.

Quebrando todos os protocolos, a meretriz vem por trás de Jesus, prostra-se aos prantos, e vendo que suas lágrimas regavam os pés de Jesus, desfaz as tranças dos seus cabelos, usando-os para enxugá-los. Como se não bastasse, ela se lança a beijá-los despudoradamente, enquanto os perfumava com o caro unguento que lhe custara um ano inteiro de prostituição.

Simão, o dono da casa, sentiu-se ultrajado.

- Se ele fosse realmente profeta, saberia quem é esta sem-vergonha! E agora... minha casa vai ficar mal falada na vizinhança. Eu já sabia do tipo de público que este rabino atrai. Por que fui convidar justamente ele para vir à minha casa?

Percebendo o mal estar que causara, Jesus se dirige a Simão e diz:

- Está vendo esta mulher? Pois é... entrei em tua casa e você sequer me ofereceu água para lavar os meus pés. Enquanto ela não para de regá-los com suas próprias lágrimas e enxugar com os seus cabelos. Enquanto você foi incapaz de dar-me um beijo de boas vindas, ela não para de me beijar os pés. Você tampouco ungiu minha cabeça como se faz a um convidado, mas ela derramou o mais caro unguento em meus pés. Sabe por quê? Porque ela sabe o quanto foi perdoada. Por isso me ama tanto. Já você, Simão, se sente tão santo, tão separado dos pecadores, que não tem noção de sua própria miséria.

Se houve uma vez em que Jesus tenha se sentado à roda dos escarnecedores, não foi na casa de Mateus, o publicano, mas na casa de Simão, o fariseu.

Aos olhos de Deus, ‘ímpio’ não é quem peca, mas quem não reconhece sua impiedade. O Filho de Deus sente-se muito mais ‘em casa’ entre pecadores que admitem sua condição do que entre santos que se veem no direito de julgar os demais.

Prefiro a companhia de quem ama por sentir-se acolhido e perdoado à companhia de quem julga por ser achar escolhido e privilegiado.


* Os episódios acima narrados se encontram registrados em Lucas 5:27-39 e 7:31-50


Fonte:: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz2hQ5XT6lb

2 de out. de 2013

Verdadeira Prosperidade


Em Mateus 6:33, muito conhecido, assim dizem que está escrito: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas!” Certo? Errado! Não existe a expressão “todas as demais coisas”! O que então Jesus estava querendo dizer? Simples! Ele disse:“Todas essas coisas…!” Que coisas? As coisas as quais Ele estava falando, ou seja, comida para comer, roupas para vestir e lugar para dormir. Se você buscar a Deus de todo o coração e a sua justiça, isto é, caráter; todas essas, essas, essas coisas não faltarão! Guarde bem isso: “Essas coisas!” Vamos precisar abaixo…

No Salmo 23, quase todo mundo diz errado, como sempre vejo em madeiras entalhadas, porcelanas e etc… “O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará!” Não e não! O texto é: “O SENHOR é o meu Pastor; nada me faltará!” Não tem o ‘e’. E isto faz diferença? Sim! ‘semânticamente’ (interpretação básica da linguagem) falando, o ponto e vírgula na frase sem o ‘e’ significa: Se o SENHOR for o seu único Pastor, então nada te faltará. Agora veja o contexto: aparecem as palavras ‘vale’, ‘sombra’, ‘morte’, ‘inimigos’ … Ou seja, não faltará o cálice transbordando, os pastos verdejantes, as águas tranquilas, mas também não faltarão: o vale, a sombra, a morte e os inimigos.

Quem não conhece o versículo de Filipenses 4:13, estampado nos para-choques de caminhão, panos de prato, imã de geladeira, faixas de campanhas de 7 sextas-feiras da prosperidade, e etc… ?
“Tudo posso Naquele que me fortalece!” Aí o profissional do ‘evangelho’ vai lhe persuadir, gritando freneticamente: “Você vai arrebentar, vai prosperar!” Vamos ver a luz do Evangelho da Graça, (de graça rs), se realmente é isso que o texto está dizendo…

Antes de tudo, você não deve ser preguiçoso, e ler toda a Escritura! Não pode? Então leia ao menos toda a epístola aos Filipenses! Não pode? Então leia pelo menos o capítulo 4 inteiro! Também não pode? Que coisa! Meu querido (a) vou lhe perdoar sua preguiça, leia então os versículos que vem antes, o 10, o 11 e o 12.

Leu? Entendeu agora? Compreendeu o que Paulo está dizendo? Vou te ajudar na interpretação, trazendo para hoje: posso estar abatido, triste, para baixo, em crise, ou posso estar para cima, alegre, em crista; posso estar atribulado, passando fome ou necessidade, mas posso também estar com fartura de alimentos, roupas e um bom lugar para dormir, não importam as circunstâncias e adversidades, em todas essas, essas, essas coisas, nas gangorras e montanhas russas da vida, nos vales e montanhas, em tudo, Jesus Cristo me fortalece.

Lembra de Jó? Ele disse: “Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal?” (Jó 2:10)

Lembra do texto paulino: “Nada me separa do amor de Deus!” (Romanos 8:38-39)

Lembra do texto de Habacuque: “Ainda que não hajam vacas, nem mantimento, eu me alegrarei no SENHOR!” (Habacuque 3: 17-18)

Paulo disse a Timóteo: ”por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.”( 1 Timóteo 6:8)

Você pode falar como eles? Você entende a verdadeira prosperidade?

Ou, você é ainda daqueles que como filhotes de sabiá, engolem tudo que se põe na boca, espírito nobre bereano (igreja de Bereia – Atos 17) totalmente desligado, ou como vaquinhas de presépio eletrônico que movimentam suas cabeças em sinal de: sim, sim, sim… E nunca sabem dizer: Não!

Você é daqueles que, ouviu um grande líder do mundo gospel em dezembro do ano passado dizer que 2ª Coríntios capítulos 8 e 9 é o maior compêndio teológico sobre dízimos e ofertas, e aceitou como ensinamento? Onde está escrito uma vez se quer a palavra ‘dízimo’ ou ‘oferta’ neste contexto de Coríntios? Nenhuma! De forma cristalina, trata-se de coletas para pobres, pobres, cristãos pobres.
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